Título da redação:

O desenvolvimento e o canhão.

Proposta: As ações humanas atuais e a herança para o futuro

Redação enviada em 22/03/2016

No ano de 1760, ao apresentar o motor a vapor ao Mundo, James Watt impulsionava a realização da revolução industrial, esta, lançava as bases do mundo que existe atualmente. Na época, a natureza, fornecedora de materiais como o carvão, a madeira e a água para o processo, parecia ser infindável, tirava-se dela quanto e como agradava ao homem, tudo era glorioso. Porém, não passava pela imaginação humana de que a revolução engatilhava um canhão, que hoje, encontra-se apontado para o rosto da humanidade. O ciclo começado por Watt e apoiado anteriormente por filósofos como Francis Bacon, que afirmava que deveríamos intervir na natureza até torná-la útil para nós, quando colocado sobre a ótica materialista e desenvolvimentista, mostra-se benéfico, pois dele, vieram outras importantes descobertas, como a possibilidade de manejar a energia elétrica, transformar energias físicas, manejar o mundo químico que rodeia o ser humano, desenvolver medicamentos para conter moléstias, etc. Porém, essas maravilhas, exigiram ainda mais da natureza, que continuava a repor biologicamente muito menos do que o homem lhe tirava, criou-se um desequilíbrio, que hoje,mais de 200 anos depois, começa a mostrar seus sintomas, como o aumento do efeito estufa, aumento da concentração de gás carbônico na atmosfera, quase 15.000 espécies de animais ameaçadas de extinção ao redor da Terra, etc. Além das ações que parecem inofensivas como a queima de combustíveis fósseis, desmatamento, eutrofização de rios e lagos, o ser humano, na sua busca por desenvolvimento ,é protagonista de acidentes em macroescala, como o mundialmente conhecido acidente nuclear de Chernobyl, vazamentos de óleo e petróleo de navios e plataformas de extração e mais recentemente a barragem de Mariana em Minas Gerais. Todas essas desgraças poderiam ser evitadas se medidas de segurança fossem seguidas, a natureza fosse respeitada, homens gananciosos ouvissem o alerta de especialistas em ecologia, e se a humanidade percebesse que não há outra Terra, essa em que o homem reside foi a única criada, e não há para onde fugir, mas felizmente, ainda há tempo para a redenção do Lar humano. Nas últimas décadas, foram firmados acordos de proteção a natureza, como o protocolo de Kyoto, que visa a diminuição de emissão de gases poluentes, mas que ainda representa pouco frente aos estragos que são apresentados diariamente. A solução das mazelas, poderá ser atingida por um novo protocolo, abrangente em todos os países e sobre todas as áreas que necessitam de cuidado, limitando, por exemplo, a área máxima que uma nação pode desmatar em uma década, e quanto precisa repor para aliviar os estragos já causados. Esse acordo deveria visar a criação de um fundo de investimentos mundial para pesquisas em tecnologias ecologicamente corretas, no desenvolvimento de projetos de revitalização de áreas desmatadas, rios e mares poluídos, etc. E para incentivá-lo colocar um prazo de no máximo dez anos para todos os países do acordo se adequarem as novas normas, com multas para os que desacatarem as novas diretrizes. Assim, será possível fomentar o desenvolvimento, mas agora, com a natureza como parceira de trabalho, restaurando a ordem e perfeição em que viviam nossos ancestrais e a Mãe natureza.