As características físicas e sociais do planeta são um reflexo direto das ações antrópicas, haja vista que o comportamento do homem tem a capacidade de alterar aspectos não só da natureza, como também da sociedade. Argumentos que comprovam esse ponto de vista são o aquecimento global e a violência inerentes ao mundo atual. Inicialmente, cabe relembrar que a Revolução Industrial do século 18 foi o estopim da exploração desmedida dos recursos naturais, a qual foi fomentada posteriormente pela globalização. A intensificação de tais eventos tem aumentado anualmente a temperatura do planeta, fenômeno conhecido como aquecimento global ou efeito estufa, o qual possui como principal causa o grande volume de gases poluentes na atmosfera, fruto da intensa atividade industrial. Esse efeito estufa desdobra-se ainda no aquecimento das águas do planeta, no derretimento das geleiras, na alteração das estações climáticas e na mudança constante das paisagens, revelando que a ação humana é um dos mais relevantes fatores da alteração das propriedades originais da natureza. Por outro lado, há também mudanças sociais provocadas pelo homem, como o fato de o mundo se apresentar cada vez mais violento. Nesse sentido, pode-se destacar o agigantamento dos casos de assaltos, estupros, sequestros, homicídios, ataques racistas e homofóbicos, terrorismos, violência doméstica, infantil, escolar e religiosa. Em todos esses casos, tem-se o homem como o cerne da violência, a qual, embora sempre possa ter existido, nunca se revelou tão alarmante e generalizada. Em suma, as ações humanas também têm contribuído para esse caos social global, o qual gera uma imensa sensação de medo e insegurança no mundo contemporâneo. Dessa forma, conclui-se que a conduta humana é uma grande geradora de heranças para o futuro do planeta. A fim de amenizar as consequências negativas das situações citadas, o Governo Federal e o Conselho de Segurança devem ser os agentes de duas importantes medidas, respectivamente. A primeira delas refere-se à redução da emissão de poluentes, por meio da criação de uma lei federal que torne compulsória a instalação de filtros e catalisadores em todas as chaminés industriais e veículos em um prazo máximo de um ano, com uma meta de diminuir pela metade os níveis de gases-estufa emitidos por cada fábrica e automóvel, a ser vistoriada semestralmente pelos órgãos competentes, a exemplo do Detran (Departamento de Trânsito). Ademais, o Conselho de Segurança deve preconizar o combate à violência urbana, por meio da contratação e qualificação de mais policiais, aumento salarial desses profissionais, maior policiamento nas ruas e uso de efetivos das Forças Armadas nas cidades. Essas medidas têm alta factibilidade para oferecer um legado mais positivo, harmônico e sustentável ao planeta e às próximas gerações.