Com advento da Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Técnico Científica, a partir dos anos 1980, a hegemonia do capitalismo como modelo econômico internacional foi consolidada. Dessa forma, os avanços tecnológicos foram responsáveis pelo aumento de produtividade na agricultura e pela aceleração dos fluxos de capitais e de mercadoria, ratificando também o consumismo exacerbado e a busca de lucro máximo, em detrimento da sustentabilidade socioambiental, pelas grandes corporações. Portanto, analisar as causas desse fenômeno social e as consequências para as próximas gerações representa o âmago da questão. Sob esse enfoque, a busca por vultosos lucros e estabilidade mercantil por parte das empresas representa, sem dúvidas, um desafio para o Estado Democrático de Direito, visto que os interesses empresariais, muitas vezes, entram em conflito com a dinâmica das populações locais. Sendo assim, a incompetência de gestão por parte do Governo Federal, por meio de uma fiscalização diminuta, tem uma relação direta com desastres ambientais. Esse foi o caso da tragédia de Mariana, em Minas Gerais, a qual acarretou o despejo equivalente a 22 mil piscinas olímpicas de rejeitos da exploração de ferro da Mineradora Samarco. Além disso, a irresponsabilidade logística na produção de alimentos em escala global é de suma importância, também, para as gerações futuras. Por exemplo, a agricultura, em especial, libera quantidades significativas de metano e de óxido nitroso, dois potentes gases com efeito de estufa, os quais têm uma relação direta com as mudanças climáticas. Como consequências de tais fatores, a biodiversidade vegetal e animal ficam comprometidas, resultando na escassez de alimentos e de água potável para as populações humanas, porque os cuidados com o meio ambiente, no presente, têm uma relação direta com a qualidade de vida e com o desenvolvimento sustentável das gerações futuras. Ademais, a sociedade do hiper consumo, na qual os indivíduos adquirem objetos não por sua utilidade ou necessidade, tornando o consumo subjetivo, está intrinsecamente ligada à problemática do lixo. Em síntese, na construção da história da humanidade existe um fator dominante que é a questão do meio ambiente. Destarte, é imprescindível, no âmbito nacional, uma eficiência maior dos órgãos de fiscalização especializados para controlar os impactos ambientais de empresas, como também, no cenário mundial, inclusive, repensando os métodos fiscalizatórios, com a criação de uma instituição cooperativa de otimização na produção de alimentos, com uma melhor integração nos métodos de consecução de técnicas inovadoras, como a captura de etano do estrume, a utilização mais eficiente dos adubos e a maior eficiência na produção de carne e laticínios.Ou seja, a redução das emissões de gases por alimento produzido. Ademais, é papel do governo a Campanha Nacional do Consumo Sustentável, com foco na conscientização de três diretrizes: reduzir, reutilizar e reciclar. Sendo assim, consumidores mais conscientes impelem para uma atitude mais ética das empresas, partindo da gestão ambiental e buscando estabelecer a melhor relação possível entre atividade empresarial, meio ambiente e necessidades humanas presentes e futuras.