É certo que biosfera terrestre é constituída pela relação entre seres bióticos e fatores abióticos, sendo os primeiros detentores de vida e dependentes dessa interação. Durante a idade da pedra, os recursos naturais eram manuseados de acordo com as reais necessidades. Com o desenvolvimento econômico, tecnológico e industrial, o homem foi perdendo o zelo pelo ambiente e instalando inconsciência ecológica. Inicialmente, é importante destacar a ligação entre a biodiversidade e o ser humano, ela é de total responsabilidade humana. As primeiras atividades industriais, ocorridas durante os séculos XVIII e XIX, trouxeram consigo avanços técnicos-científicos e perigos ao ambiente com a liberação de CO2. Atualmente, as indústrias também emitem o enxofre, principal causador da chuva ácida. Esse fenômeno reduz o pH dos solos, tirando sua fertilidade e inibindo o desenvolvimento ou ocasionando a morte das espécies de vegetais lá existentes. A biodiversidade da flora sofre redução e os seres dependentes dela, incluindo o próprio homem, são prejudicados, sendo ela a base de diversas cadeias alimentares. Convém ainda lembrar que recentemente, no Brasil, houve uma grande perda de espécies de animais. O rompimento das barragens da mineradora Samarco em Mariana - cidade de Minas Gerais, conbriu o Rio Doce com a lama e o contaminou com os dejetos, provocando a deriva gênica. A tal fez com que peixes exclusivos da região fossem extintos por não se adaptarem às novas características do meio. Pescadores deixaram de ter o seu sustento, pois o rio tornou-se improdutivo. A biodiversidade, novamente, foi afeta pelas ações do homem moderno. Além desses fatores, o sistema capitalista rege um mercado consumidor inconsequente. O consumo excessivo leva ao descarte de lixo sem controle, a reciclagem feita para amenizar o impacto ambiental ainda não é suficiente. Lixões e aterros sanitários surgem como medidas paliativas, o problema é instalado com a banalização dos perigos trazidos por tais. A decorrente proliferação de pragas e a contaminação do solo colocam em risco a saúde daqueles que vivem aos arredores, além de agravar o desequilíbrio ecológico. Portanto, a dependência entre o ser humano e o meio natural é inevitável, a desarmonia presente nela é o fator preocupante a todas as gerações. Para que haja melhoras, os governos necessitam investir na educação ambiental em escolas, dando recursos aos professores para trabalharem a consciência ecológica atrelada às matérias didáticas. Prefeituras devem incentivar a população a praticar coleta seletiva, estabelecendo dias diferentes para recolhimento de lixos orgânicos e recicláveis. ONGs por meio de projetos e a mídia com as propagandas precisam informar a sociedade acerca da degradação do ambiente e como agir para amenizá-la. Logo, haverá a compreensão de que cuidar da natureza é velar pela própria vida na terra, um novo e ecológico futuro poderá ser traçado.