As últimas cinco décadas da civilização humana têm sido a história de uma grande contradição. Se, por um lado, conquistamos enormes avanços tecnológicos, em áreas que se dedicam à produção de bens e serviços, por outro, não tivemos qualquer cuidado com a saúde do nosso planeta, que vem sendo assolado pela poluição e pelo desmatamento, ameaçando, assim, a sobrevivência das espécies, inclusive da nossa. O crescimento desordenado das grandes cidades, aliado a um sistema de produção insustentável tem, literalmente, envenenado a Terra. A poluição, especificamente quanto à emissão de gás carbônico na atmosfera, tem, na indústria e no transporte, somados setenta e quatro porcento das emissões totais, segundo o Ministério de Minas e Energia. Isso tem contribuído para o efeito estufa e para o aquecimento global, fato que não ameaça apenas a sociedade atual, mas, deixa um legado preocupante para as futuras gerações. Outro fator preocupante é o desmatamento. A exploração dos nossos recursos naturais de forma abusiva e irresponsável tem provocado uma drástica redução da biodiversidade. A WWF (ONG dedicada ao meio ambiente) estima que a Mata Atlântica preserve, apenas, nove porcento da cobertura nativa. Condição que vem agravando, sobremaneira, as consequências dos desastres naturais, que não seriam tão devastadores se a humanidade respeitasse os limites da natureza e harmonizasse com seus ciclos vitais. Considerando estes aspectos, deve-se envidar esforços no sentido de que líderes de todas as nações sejam, constantemente, conclamados pelos organismos internacionais a fim de que cumpram os acordos nos quais são signatários e intensifiquem a fiscalização e o controle interno de suas estruturas de Estado. O Ministério da Educação deve promover, por meio de campanhas educativas, maior conscientização e engajamento dos diversos setores da sociedade civil organizada, no mister de preservar e recuperar nosso patrimônio natural.