Segundo o filósofo pré-socrático Heráclito: “ A essência da realidade é o devir, a mudança. “ . Esta filosofia, por mais que tão antiga, é, porém, irrefutável, na medida em que pode ser atestada empiricamente a qualquer momento. Nesse sentido, o planeta também sofre constantes mudanças em sua biosfera e em seu clima desde sua formação há 4,6 bilhões de anos, de modo que o equilíbrio observado hoje é apenas passageiro. E de modo que, ainda, as transformações bruscas causadas pela humanidade podem facilmente tirá-lo deste equilíbrio afetando a toda a vida. Em primeira análise, no que tange a biodiversidade, o processo de destruição de habitats atinge níveis nunca antes vistos com o aumento da globalização. Uma vez que, com o avanço dos complexos agroindustriais, são realizadas constantes queimadas e desmatamentos por todo o mundo. Com efeito, relatos de alteração na biosfera foram primeiramente percebidos após o descobrimento das Américas. Fato analisado por Albert Crosby em seu livro “A Troca Colombiana”, no qual aborda sobre as implicações sociais e biológicas de uma primitiva globalização. Porém, com o nível dos impactos ambientais atuais, espécies comuns como rinocerontes e o Tigre de Bengala poderão ser extintos ainda durante o próximo século. Ainda, a destruição de habitats pelo homem não afeta somente outras espécies, como também a própria humanidade, uma vez que hoje se polui toda a atmosfera terrestre. Com tais efeitos decorrendo da lógica econômica capitalista, que visa lucros em detrimento da questão ambiental, e por extensão, do futuro do planeta. E uma vez que, segundo a NASA, os índices de gás carbônico atmosférico assumem hoje uma grandeza não vista há mais de 400 milhões de anos, a situação se tornou irremediável. De forma que, em 2015 houve a realização do Acordo de Paris, que visa manter a temperatura do planeta estável durante o próximo século. Fica claro, portanto, a delicadeza no que tange as decisões de cunho ambiental a serem adotadas pelas nações na atualidade, na medida em que em pouco tempo, as mudanças geológicas se tornarão irreversíveis. E neste âmbito cabe agora aos Estados soberanos cumprir o Acordo de Paris e às mídias internacionais difundir os preceitos concordados neste acordo. E, por fim, a fim de obter mudanças mais duradouras, concerne também às escolas, junto das famílias, com o auxílio de todo o conhecimento já obtido, criar uma geração que logo perceba a seriedade da questão ambiental. Desta forma, a humanidade poderá conciliar uma sociedade economicamente estável com a certeza de um futuro para aproveitar dos benefícios desta.