Pouco tempo antes da ditadura militar, ferrovias eram abandonadas enquanto ocorria o surgimento de novas rodovias que ligavam diversas partes do país. A pressão de indústrias automobilísticas e o predomínio do transporte individual sobre o coletivo foram alguns dos principais contribuintes para o maior privilégio das rodovias sobre as ferrovias. Nesse sentido, a rede rodoviária passou a transportar a maior parte da carga, o que é uma verdadeira incoerência diante dos graves problemas que países subdesenvolvidos vivem. Isso porque as rodovias apresentam maiores gastos com combustíveis, geram maior poluição ambiental, visto que é responsável por 95% da emissão de CO2. Além disso, as empresas ficam mais suscetíveis a roubos de cargas e acidentes. Desse modo, a substituição do transporte de cargas de rodovias por outros meios, como o ferroviário ou hidroviário, reduziria conflitos urbanos e acidentes, aumentaria a capacidade de transportes, como também reduziria os custos e a emissão de poluentes. É importante salientar que o Brasil é um dos países com maior produção agrícola, conhecido como a “despensa do mundo”, e, por isso, necessita de outros meios e condições mais econômicas para escoamento de produtos. Foi devido à dependência da rede rodoviária que o país sofreu por quase uma semana com a falta de alimentos em supermercados, em razão ao aumento no preço do diesel e, por conseguinte, greve de caminhoneiros. Sendo assim, é evidente, portanto, a importância do Ministério do transporte em desenvolver o Plano Nacional de logística com maior prioridade, já que este visa distribuir as cargas entre os diversos setores de locomoção, hidroviário, ferroviário e rodoviário, não havendo sobrecarga em nenhum deles. Além disso, é importante o investimento na pavimentação das rodovias, visto que, atualmente, é a forma mais utilizada, além de melhoria na infraestrutura de ferrovias e hidrovias. O desenvolvimento do transporte fluvial das cargas seria uma ótima alternativa, já que o Brasil é um país com grande capacidade hídrica.