Émile Durkheim descreve a sociedade semelhante a um corpo composto pela coletividade de indivíduos que geram harmonia através da dependência mútua. Analogamente, assim deve ocorrer com o sistema de transporte para escoar o produto; contudo, essa não é a realidade, visto que existe uma forte influência do setor rodoviário que impede outras alternativas modais. Nesse sentido, convém analisar as causas e as novas inciativas a fim de reverter as deficiências encontradas hoje. Sob esse viés, pode-se apontar um possível empecilho para a restruturação desses modais que é a abertura do capital para empresas estrangeiras automobilísticas e construção de rodovias durante o governo de Juscelino Kubitschek. Embora essas medidas fossem importantes para o desenvolvimento econômico inicial daquela época, hoje ao permanecer com esse sistema, tem em consideração a dimensão do vasto território nacional, é inadequado, devido às despesas para manter a manutenção das estradas e veículos. Com essas gastos, também, pode-se gerar o aumento do frete e, consequentemente, o afasto dos consumidores. Então, a permanência desse fato histórico junto à nova realidade ocasiona o antagônico à harmonia que o pai da sociologia propõe e precisa ser resolvido. Segundo pesquisas da mídia, o Brasil assumiu a liderança de produção e exportação de soja e para isso é necessário incluir e investir na intermodalidade. De fato, o país, por ser grande em área e ter amplos recursos naturais, é mais favorecido frente aos demais pequenos países em extensão. Isto quer dizer que investir nas ferrovias para diminuir o tempo de entrega e aumentar a quantidade de produto deslocado é perfeitamente possível, e, também incluir as hidrovias, com a reforma dos portos ao longo do litoral, com intuito de desconcentrar o fluxo massivo nas vias. Logo, nota-se que esse harmônico planejamento de distribuição podera-se-á amenizar os deficits existentes. Em suma, é através dos intermodais que existe a possibilidade de suprir as falhas atuais causadas pela dependência de rodovias. Portanto, para que seja realizado aquele plano de inserção e divisão das tarefas é mister que o Departamento Nocional de Infraestrutura de Transportes em paralelo ao Ministério de Transportes planeje padrões de rotas de escoações, visando a obrigatoriedade de diferentes modais, que serão aplicadas em forma de leis, já aprovadas pela juridição brasileira, para as distribuidoras. Dessa forma, a descrição do sociólogo ao contexto exposto está correta.