A greve dos caminhoneiros que ocorreu em maio de 2018, propôs um questionamento sobre a dependência do Brasil em relação as rodovias. A malha rodoviária passou a ser a principal fonte de escoamento a partir do governo de Juscelino Kubitschek. Mas, nos dias atuais ela demostra ser ineficiente, pois é a matriz mais poluidora, cara e que precisa de manutenção constante. A hegemonia do rodoviarismo coloca o Brasil na 55ª colocação de eficiência de transporte de cargas do Banco Mundial, por consequência os produtos exportados ficam caro no final fazendo com que o país perca a competitividade no mercado externo, segundo pesquisadores devido a essa deficiência ha um desperdício em cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, o investimento na matriz de transporte é insuficiente e ineficaz, visto que o governo continua gastando somente com rodovias em vez de impulsionar um sistema intermodal. O Brasil dispõem de rios com boas condições de navegação, mas segundo a Agência Nacional de Transporte Aquaviários (Antaq) o país só aproveita 64% desse meio, ademais, o modal ferroviário têm projetos que não saem do papel. Assim, sem a atenção devida, a dependência das rodovias se estende. Portanto, depois da paralisação dos caminhoneiros ficou claro que o Brasil é um país vulnerável a crises de abastecimento, uma vez que existe uma ineficiência na estrutura de transporte. Dessa forma, é preciso que o Ministério do Transporte invista em outras matrizes, como hidrovias, ferrovias e sistemas modais, como também usar as rodovias para frete de cargas leves e distancias curtas, através recursos públicos e iniciativas privadas, para diminuir a dependência das rodovias e os custos de entrega.