O Brasil é um dos líderes do agronegócio no cenário internacional. Entretanto, seu crescimento econômico esbarra na problemática do escoamento dos produtos. Exportadores e produtores precisam enfrentar os altos custos da logística do transporte rodoviário, e isso representa uma grande desvantagem competitiva do país. Projetadas principalmente na década de 60, no governo de Juscelino Kubitschek, as rodovias são responsáveis hoje por cerca de 65% do transporte de cargas no país, segundo dados da CNT. Essa preferência se deu principalmente pela necessidade de integração do território para a industrialização e pelo crescimento do setor automobilístico. Contudo , as péssimas condições de alguns trechos e má sinalização das estradas é um fator de risco para os caminhoneiros e as grandes distâncias contribuem para o encarecimento dos produtos. Outra consequência da adoção dessa característica rodoviária pelo Brasil, foi o desuso de meios mais econômicos para o transporte, como o hidroviário e o ferroviário. Com a capacidade de comportar muito mais carga, os trens e navios apresentam um custo benefício muito maior. Todavia, as embarcações encontram dificuldades no relevo planáltico brasileiro e ficam limitadas a navegar em rios de planícies. Além disso, muitas das ferrovias construídas encontram-se abandonadas e o seu potencial não é explorado. Dessa forma, para não comprometer o PIB nacional, é necessário pensar em meios para contornar o problema. Alternativas viáveis seriam a construção de eclusas para aumentar a navegabilidade dos rios e a reativação das malhas ferroviárias. Além disso, o Estado deve manter as rodovias bem conservadas ou conceder mais concessões ao setor privado, de modo que a economia do país possa ir adiante.