O Brasil é o maior exportador de soja do mundo, sendo assim a base da nossa economia, o setor agrário. Entretanto, existe uma problemática na distribuição dos grãos produzidos, proveniente do sistema rodoviário brasileiro juntamente com a negligencia do poder público para com esse meio. Além disso, esse problema é agravado pela falta de planejamento em função de outras formas de transporte que são ignoradas, na qual poderiam ajudar o escoamento de produtos de forma eficaz. É notório que, desde o governo JK o Brasil priorizou o sistema rodoviário com o propósito de desenvolver o centro oeste brasileiro. Dessa maneira, nos anos 70 com pesquisas da EMPRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o cerrado brasileiro se tornou receptível ao cultivo de grãos. Sob esse aspecto, o sistema rodoviário passou a ser a principal fonte de escoamento dos grãos devido à localização dessa região produtora. Entretanto, esse meio de transporte é caro e precário. Os caminhões transladam uma pequena quantidade desses grãos sob alto custo, devido ao preço do combustível e a distância dos portos, localizados em sua maioria na região sudeste. Além disso, o estado das rodovias esquecidas pelo poder público- que se encontram sucateadas- agravam o tempo do translado, consequentemente, o lucro e o PIB nacional, sendo assim desvantajoso. Dessa forma, existe uma necessidade primária de investir em outros meios de transporte. Temos potencial de expandir nossa malha ferroviária e hídrica, e de fato isso não ocorre, pois não há planejamento e investimentos do Estado, e quando ocorre, as obras não são concluídas, como por exemplo, a ferrovia Oeste-Leste na Bahia. Esses transportes, deveriam ter prioridade em uma economia exportadora como a brasileira, em comparação ao sistema rodoviário eles reduzem gastos ,e ainda diminuiria a importação de combustível estrangeiro. Portanto, algumas medidas devem ser tomadas para reduzir o problema. O governo por meio do Ministério dos Transportes deve promover a diversificação dos meios de transporte no país, buscando investimento público ou privado, para a implementação de hidrovias e construção de rodovias, além de retomar a construção daquelas com obras estagnadas. Ademais, o governo deve gerenciar medidas para recuperar as rodovias, a fim de diminuir os prejuízos para produtores e caminhoneiros e garantir a soberania da nossa economia sem grandes percas.