Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Alternativas para o escoamento de produtos no Brasil

Redação enviada em 01/09/2018

O Brasil possui como principal alicerce econômico a exportação. Desde o ciclo do café, até os dias atuais com a soja e o gado, por exemplo, houve a necessidade de dinamizar e flexibiliza o escoamento de produtos brasileiros. Entretanto, nota-se que a falta de um sistema multimodal amplo de transporte, aliada a uma cultura de predomínio de estradas, dificultam a implementação de alternativas para o processo de circulação das mercadorias no Brasil. Em primeiro lugar, a ausência de alternativas de transporte pelo brasil acarreta em lentidão e dependência dos consumidores finais. O fato de não existir, eficientemente, uma conexão e alternância entre os modelos rodoviário, ferroviário e marítimo, no decorrer da logística de escoamento de produtos, reflete-se na demora e atraso de entrega dos produtos. Consequentemente, eleva-se cada vez mais os gastos públicos, haja vista que o atual modelo de transporte consome o equivalente a 12% do Produto Interno Bruto (PIB) no país. Logo, em um país com dimensões continentais, como o Brasil, a interconexão dos sistemas de transporte é fundamental para garantir o progresso e a dinamicidade das exportações. Além disso, vale ressaltar a predominância do sistema rodoviário envolvendo questões como a corrupção no âmbito do transporte nacional. Nesse contexto, os grandes custos- seja pela demora devido as péssimas condições das estradas, quanto pela quantidade de combustível utilizada no trajeto, estão em consonância com os interesses de grandes empresários- principalmente donos de postos de combustíveis, que lucram um alto valor agregado ao final do processo. Dessa forma, é evidente que depender e privilegiar o sistema rodoviário acarreta em consequências negativas tanto para a exportação, como para a circulação interna de produtos, tendo como prova a crise decorrente da greve dos caminhoneiros em maio de 2018. Portanto, fica claro a necessidade de reorganizar o atual cenário de escoamento de produtos no Brasil. Dessa maneira, o Ministério dos Transporte deve direcionar recursos financeiros para implementar o uso do sistema marítimo e ferroviário como prioritário e urgente, por meio de reformas nos diversos portos litorâneos nacionais e no aumento de impostos sobre o diesel, afim de reverter o tradicionalismo na preferência de estradas e estimular o sistema multimodal. Além disso, o Ministério Público deve julgar os empresários que estiverem superfaturando na logística rodoviária e puni-los com multas e restrições.