De acordo com informações fornecidas pela Organização Mundial do Comércio, o Brasil vem se destacando globalmente como o maior produtor de alimentos. Por outro lado, a infraestrutura obsoleta das rodovias, somada à precariedade das ligações inter-regionais, corrobora para um cenário paradoxalmente alarmante, no qual muito se produz, embora pouco seja escoado para atender a demanda local e internacional. Primeiramente, é válido lembrar que o filósofo Parmênides de Heléia, em sua teoria “A imobilidade do ser”, costumava defender a ideia de que, ao existir multiplicidade e movimento, a humanidade seria contemplada positivamente. No entanto, lamentavelmente, a realidade brasileira encontra-se bem diferente: estradas e rodovias em estado precário, a exemplo de aslfaltos em péssimas condições, inexistência de pedágios em determinadas regiões, os quais poderiam evitar, respectivamente, acidentes e prejuízos resultantes da lentidão do trânsito, como roubos e o atraso de mercadorias. Além do mais, o presidente da Condeferação da Agricultura do Brasil ressaltou o crescimento da safra agrícola entre 2014 e 2015 em 7,9%, o que de fato evidencia a emergência de investimentos no setor terciário. Sob um segundo viés, ainda que o transporte hidroviário configure-se como o mais importante da economia global, muitas matérias primas vêm do interior do país e anseiam por meios de captação e escoamento da produção – cargo destinado aos camionheiros. Por conta disso, um simples aumento no preço do combustível brasileiro pode acarretar revoltas nacionais à medida em que a distância percorrida torna-se proporcional aos gastos de transporte e distribuição dos produtos. Dessa maneira, percebe-se a necessidade de mais projetos que possam interligar as múltiplas regiões do país, reduzindo as distâncias até portos e indústrias, uma vez que, segundo o dito popular “Tempo é dinheiro” o Brasil será alavancado em direção ao sucesso econômico. Destarte, a obsolescência infraestrutural das rodovias, junto à falência na dinamicidade da ligação interior-capital-litoral, interfere no escoamento de produtos no Brasil. Em virtude disso, o Governo Federal, unido à Receita Federal, deve direcionar uma maior parcela da arrecadação de impostos à manutenção de estradas e rodovias, com a intenção de homogeinizar a cobertura asfáltica e, consequentemente, acelerar o transporte e a distribuição dos produtos. Analogamente, o Governo Federal pode, também, reunir, no Congresso, engenheiros capacitados na montagem de projetos eficientes que interliguem as diversas regiões do Brasil, facilitando o escoamento de insumos,mantendo, assim, a posição do país como maior produtor agrícola mundial.