No governo de Juscelino Kubitschek um dos maiores investimentos foi a expansão de rodovias ao longo do território brasileiro. Desde então, o escoamento da produção é um dos grandes problemas para o agronegócio no Brasil. Por isso, o ideal seria que o escoamento se desse por meio de transportes ferroviários e marítimos. De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), 58% da movimentação de cargas no Brasil são feitos pelas rodovias. Os ganhos da produtividade são perdidos no caminho pelo custo de transportes, pelo falo dos caminhões percorrerem milhares quilômetros em estradas precárias, além de pedágio e seguro. Esse cenário causa um significativo aumento no custo da produção e, até mesmo, prejuízo para os produtores. Desse modo, o ideal é que a produção utilize a ferrovia para o escoamento, no entanto, não há linhas ferroviárias suficiente pelo território nacional. Além disso, o transporte marítimo é o mais adequado para o escoamento das cargas, toda via, há uma grande problemática com os portos brasileiros. Segundo o Fórum Econômico Mundial, o sistema portuário do Brasil está entre os piore do mundo, ocupando a 135º posição no item de qualidade dos portos. O porto de Santos, por exemplo, é o maior da América Latina, porém o tempo de espera para navios de contêineres atracar demora, em média, 18 dias. Ou seja, a utilização do transporte marítimo torna-se inviável. Desse modo, para que o Brasil consiga alternativas de escoamento da produção, é necessário, que o Ministério do Transporte utilize verbas para a construção de novas malhas ferroviárias e compra de novos trens para transporte de cargas. Além disso, o Estado deverá redirecionar os navios cargueiros para os diversos portos do Brasil, a fim de desafogar o porto de Santos, diminuindo o tempo de espera para a importação e exportação. Assim, o transporte ferroviário e marítimo tornará viável, servindo como alternativas para o escoamento da produção, desmonopolizando as rodovias.