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Redação sem título.

Proposta: Alternativas para o escoamento de produtos no Brasil

Redação enviada em 07/07/2018

A greve dos caminhoneiros em meio de 2018, no Brasil, condenou a precária conjuntura do escoamento de produtos no país. Bastou uma única categoria, de um único transporte, paralisar para comprometer uma nação inteira, a qual é predominantemente rodoviária. Apesar da principal reivindicação dos grevistas ser o alto custo do combustível, a situação deixou claro que o problema da condução das mercadorias vai além desse fator, perpassando pela precária condição das estradas e o alto custo para desempenhar esse trabalho. Primeiramente, é notório que a péssima estrutura das rodovias do Brasil compromete o escoamento dos produtos. Isso porque, a maioria das estradas não são duplicadas, possuem a pavimentação danificada e muitas das pistas que compõem o corredor de exportação – região que conduz os grãos aos principais portos – ainda não são totalmente asfaltados. Esse cenário, de acordo com a Confederação da agricultura e Pecuária do Brasil, resulta na perda de aproximadamente 10% dos grãos durante o trajeto. Dessa forma, o comprometimento do sistema de transporte resulta na grande perda de alimentos que poderia sanar a fome de muitas pessoas. Ademais, os gastos para escoar os produtos no Brasil são substancialmente altos. Dentro desse viés, segundo a Confederação Nacional do Transporte, é consumido 12,7% do PIB somente com a logística do translado. Nesse valor inclui se o alto preço do combustível, contudo tal gasto poderia ser reduzido caso o país optasse pela utilização dos trens, já que eles podem funcionar com energia elétrica. Em virtude disso, perde-se uma alta quantia de recurso financeiro que poderiam ser utilizados para melhorar as malhas rodoviárias e ferroviárias, o que, conforme o geógrafo Milton Santos, diminuiria as desigualdades regionais, já que facilitaria o acesso a elas. O comprometimento, portanto, do escoamento de produtos, no Brasil, em parte, é devido as péssimas rodovias a ao alto custo. Nesse contexto, uma alternativa para amenizar essa problemática seria o Ministério do Transporte investir na implementação de trens. Essa iniciativa pode ser realizada por meio de um mapeamento dos principais trajetos que funcionam como corredores de exportação e construir linhas ferroviárias neles, com o objetivo de conseguir deslocar mais carga, com menor custo e sem perdas. Além disso, é interessante que os governos dos Estados e Municípios melhorem as condições das estradas realizando a adequada pavimentação. Com essas medidas, não será necessário paralisações para que se note a existência do problema de escoamento.