Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, os custos de escoamento de produtos brasileiros valem, em média, quatro vezes mais que os da Argentina e dos Estados Unidos. Ademais, apresenta um ineficiente sistema de transporte e péssima infraestrutura para o escoamento. Dessa forma, fica evidente a necessidade de novas alternativas para o escoamento dos produtos, visto que o agronegócio é uma das mais importantes fontes geradoras de riquezas do país com destaque para à soja. O Brasil possui cerca de 62% de dependência das Rodovias, exposto por Juscelino Kubitschek em sua política de governo “50 anos em 5”, a sensação de que a rodovia era fator de modernidade, com altos investimentos, enquanto as ferrovias viravam símbolo do passado. Sem dúvida as rodovias é um importante meio de transporte para escoamento de produtos por ser mais flexível com rápida implantação, entretanto não deveria ser o único ou o mais dependente, pois, transporta menos cargas, possui riscos de assaltos, leva mais tempo na viagem sendo ideal para curtas distâncias, gasta muita gasolina, e contribui para o caos urbano. Por outro lado, os modais hidroviários e ferroviários são ideias para o transporte de cargas de baixo valor agregado a longas distâncias, devido ao fato de consumirem pouco combustível e carregarem grande volume de cargas. O Brasil possui uma enorme extensão de ferrovias espalhadas por vinte e dois estados mais o Distrito Federal, e seria a saída para o caos urbano à inserção de trens de cargas e metrôs, porém possuem diferenças de bitolas e pouca integração que necessitam de investimentos e logísticas. Em relação aos portos brasileiros, há uma enorme concentração em Santos, São Paulo, que necessita ser redistribuídos e especializados. Outrossim, o Brasil não possui Cabotagem e seria a solução para as navegações entre portos de diferentes nações. Portanto, é preciso uma política de transporte para que escoem mais produtos e gastem menos. Cabe ao Governo Federal por investir na matriz de transportes com projetos viáveis ao adequado escoamento, de forma a incentivar a intermodalidade, com a ampliação da oferta dos modais hidroviários e ferroviários, além de aumentar a capacidade dos portos e redistribuí-los, bem como desenvolver a cabotagem no País, para que haja um transporte mais eficiente contribuindo para a economia do Brasil.