A frase "integrar para não entregar" ficou conhecida na Ditadura Militar brasileira e apresenta a necessidade do país de fazer a total integração de seu território; e esse feito foi realizado por meio de rodovias. Entretanto, após décadas do militarismo, o uso desse sistema de transporte provou-se ineficiente para a sociedade contemporânea e necessita de sistemas multimodais- consiste em utilizar todos os meios possíveis e necessários. Por essa perspectiva, outras alternativas de escoamento de produtos tornam-se fundamentais por causa do custo/benefício e proteção à natureza. Em primeiro plano, o uso rodoviário adota custos e benefícios que mantêm-se em antíteses entre si. Esse sistema, tem um gasto alto com combustível, pedágios, tempo e condições aos motoristas, todavia, percorre pequenas distâncias e carrega poucas mercadorias. Com isso, é indubitável a complementação desse setor por um com menor valor de mantimento e maior capacidade de carga. Em outra análise, é totalmente errôneo a dependência territorial em um meio de transporte, já que, em 2018, o Brasil foi palco da greve dos caminhoneiros e estagnou o país por dias. Além disso, o excesso uso de caminhões acarreta nos agravamentos ao meio ambiente. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a poluição aérea causa problemáticas respiratórias em 50 mil brasileiros e influencia em 3,8% no efeito estufa. Ademais, de modo geográfico, o Brasil apresenta capacidades de instalações de sistemas seguros para o planeta e a população de modo simultâneo, no entanto, falta iniciativa dos responsáveis. Em suma, o escoamento de produtos precisa de melhorias por causa dos benefícios e da natureza. Desse modo, é necessário que transportadoras invistam em transportes com maiores vantagens de custo e carga e que possa associar-se ao rodoviário, para isso instale ferrovias para grandes distâncias, muitas cargas e flexibilidade de tempo, a fim de reduzir as problemáticas trazidas pelos caminhões. Simultaneamente, é vital que o Ministério do Meio Ambiente forneça incentivo fiscal às empresas que adotarem sistemas limpos como, por exemplo, o aquaviário e o uso da cabotagem- parada porto a porto do território. Só assim, o Brasil conseguirá realmente integrar para não entregar-se aos problemas relacionados ao assunto.