Brasil: quinto maior país do mundo; segundo maior agroexportador das Américas; E um dos mais influentes no abastecimento internacional. Grandes números e responsabilidades carregam consigo enormes dificuldades e o Brasil as enfrenta de maneira errônea – quando as enfrenta. Dentre os maiores empecilhos, está a acumulação de carga nos portos (devido a baixa capacidade destes) e a pouca flexibilidade quanto aos meios de transporte. As soluções são simples, porém têm dificultosa aplicabilidade. Primeiramente, é necessário notar a dificuldade logística, a quantidade e os tipos de portos do Brasil. A quase exclusividade de portos litorâneos aliada à baixa quantidade de portos secos implica no travamento do fluxo de mercadorias, pois, com o passar do tempo, a produção e a necessidade de exportação aumentam, enquanto a logística não acompanha tal evolução. A maior consequência dessa desproporcionalidade foi vista em 2011, quando a “fila” de navios no porto de Santos atingiu um tempo de espera calculado em onze anos. É valido, também, perceber a inflexibilidade no quesito modais de transporte, já que o país depende, quase setenta por cento, do modal rodoviário. O setor ferroviário seria uma das melhores alternativas devido à sua extensa malha em todo o território, porém existe a diferença de bitola entre os trilhos que impedem o pleno fluxo de trens pelo país, recaindo, mais ainda, a responsabilidade para o setor rodoviário. Fica claro, portanto, que o Brasil encontra enorme dificuldade no escoamento interno e externo da sua produção, que cresce em direção contrária à tese Malthusiana, e que a remediação imediatista deve ser feita por parte do Ministério dos Transportes, agindo na obtenção de recursos para a construção de mais portos secos pelo interior do país e aliando à esses portos a malha ferroviária já existente, concatenando com a unificação de bitola desta. Dessa forma, o fluxo de mercadorias passará a ser efetivo e o país aumentará a sua importância internacional, além de garantir menores preços finais nos produtos internos.