Segundo dados da Embrapa em 2017, o Brasil possui 65 milhões de hectares ocupados com lavouras, tornando o país um dos maiores produtores agrícolas do mundo. Todavia, não são observadas alternativas variadas e eficazes para o escoamento dos produtos. Nesse contexto, dois pontos não podem ser negligenciados como os obstáculos na predominância do transporte rodoviário das safras e os fatores que impedem a resolução do problema de escoamento agrícola nacional. Em primeira análise, cabe pontuar que o transporte rodoviário dos bens de consumo são mais caros, transportam menos carga, são mais propícios a acidentes, roubos e furtos em comparação aos transportes marítimo e ferroviário. Uma forma de se comprovar, também, como uma única via transportadora de produtos é inviável para uma nação é a última paralisação feita por caminhoneiros em todo país, em protesto contra o aumento abusivo de combustíveis pela Petrobrás. Esse incidente acarretou uma parada em toda reposição logística em aeroportos, hospitais, escolas e delegacias, causando transtorno imenso e perda de bilhões de reais. Dessa forma, percebe-se que um dos caminhos para evitar um prejuízo maior a toda população é estudar outras possibilidades de escoamento dos produtos nacionais. Ademais, convém frisar que a administração pública brasileira é negligente por adotar medidas incoerentes ou, na maior parte das vezes, nem sequer toma medidas para solucionar o desafio do escoamento nacional de gêneros pelo Brasil. Como exemplo de medidas incoerentes, a privatização de muitos trechos de rodovias a altos preços de pedágios, ocasionando um outro problema da passagem de motoristas sem pagar e danificação das cancelas por caminhoneiros revoltados com os valores. Já como a ausência do Estado, vê-se rodovias esquecidas, cheia de verdadeiras crateras que rasgam até mesmo os pneus reforçados de caminhões, e obras demoradas e finalizadas com material de péssima qualidade. Não haverá mudança significativa se não houver um investimento sério na questão da destruição das rodovias do país. Diante do supracitado, portanto, faz-se necessário lançar ações para mitigar essa conjuntura. Logo, o Governo Federal, assessorado pelo Ministério dos Transportes e do Planejamento, deve investir nos portos nas linhas férreas nacionais por meio de construção de terminais portuários em outros estados total recuperação dos atuais, e estudo sobre as opções de implementação de mais linhas para os trens que transportam produtos, afim de diversificar as formas de escoamento de gêneros. Ainda, cabe ao Governo Federal, por meio do Ministério do Planejamento, investir na recuperação das estradas nacionais por meio de pavimentação e controle dos recursos utilizados para esse fim, afim de se obter rodovias de qualidade. Assim, a problemática do escoamento dos produtos será um passado e o presente evidenciará uma sociedade melhor.