O Brasil, sempre teve a agricultura como o seu ponto forte nas exportações, assim foi com a monocultura da cana de açucar e posteriormente com o café. Na época colonial as plantações de açucar eram perto do litoral, o que facilitava o escoamento para exportação, mas já no período imperial as plantações de café se estenderam para o interior de São Paulo e, nesse período teve um incipiente desenvolvimento ferroviário para essas regiões. Mas hoje, o escoamento dos produtos no Brasil sofre com a principal via de transporte, que é o rodoviário, que não atende o volume produzido. Hodiernamente, o Brasil precisa urgentemente de criar alternativas para o escoamento de produtos, por ser um grande exportador agrícola, mas, os investimentos no sistema de transporte só recai para o rodoviário. Isso, teve origem no governo de Juscelino Kubitschek que com o tema "governar é abrir estradas", desse modo o modelo rodoviário foi o adotado pelo país. Nesse cenário, as estradas atualmente, já não conseguem fazer o escoamento dos produtos, seja pela má conservação, por ser apenas de mão dupla ou mesmo estradas de terra. Tudo isso, faz com que, muitas vezes, os produtos transportados se estraguem, pois geralmente são perecíveis. Recentemente, uma greve dos caminhoneiros por causas do aumento do óleo diesel, ficou constatado a importância do transporte rodoviário, pois praticamente parou o abastecimento de produtos no país. Existem outras alternativas que poderiam ser exploradas para o escoamento dos produtos no país, mas isso requer investimento a longo prazo e um estudo detalhado da logística de toda a infraestrutura produtiva do Brasil. O transporte ferroviário, pouco explorado e praticamente extinto; o fluvial, que necessita de mais infraestrutura como portos e vias de acesso. Torna-se evidente, portanto, a necessidade do Governo Federal por meio do Ministério dos Transportes e órgãos estaduais fazer um planejamento logístico a longo prazo de toda a malha rodoviária do Brasil, de modo, que possa garantir o escoamento dos produtos sem problemas. Por outro lado, promover o desenvolvimento da rede ferroviária para os diversos polos econômicos do Brasil e a partir desses polos fazer a distribuição dos produtos, do mesmo modo proceder com a vias fluviais, explorando até onde é possível a utilização do transporte fluvial para depois distribuir na área de abrangência. Vale ressaltar, que esses programas são a longo prazo e requer uma continuidade por parte dos governos atuantes, assim o Brasil dará um grande passo em direção a um país realmente desenvolvido em todas as suas regiões.