Na Grécia Antiga, em Esparta, era comum educar as crianças por meio da violência a fim de construir exércitos. No entanto, esse pensamento não persistiu somente na Idade Antiga. No Brasil, hoje em dia, a violência contra as crianças se mostra um grave problema social. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: o pensamento arcaico da educação infantil e a ineficácia no combate à violência para com as crianças. De antemão, é importante enfatizar a péssima educação dada as crianças. A sociedade do século XX, no Brasil, foi ensinada a respeitar e obedecer cegamente aos pais ou responsável, sem questionar. Entretanto, esse privilégio dos tutores é um grande perigo a segurança e liberdade das crianças. A educação deve ser valorizada, compreendida e sem violência, para que ambos tenham seus direitos devidamente exercidos. Pois, como disse Paulo Freire “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. Outrossim, o Estado falha ao proteger as crianças. O ECA (Estatuto da criança e do Adolescente), prevê assegurar os direitos escrito na lei, todavia, as crianças não têm maturidade e consciência para lutar por seus direitos. Então, o estatuto fracassa na comunicação as vítimas e investigações de crimes cometidos contra as crianças – tendo em vista que a maioria dos casos ocorrem em casa, onde os agressores são os pais ou responsáveis. Segundo a SDH (Secretaria dos Direitos Humanos), em 2014, a cada 10 minutos uma criança era vítima de violência, onde em mais da metade dos casos os agressores eram os pais. Diante dos argumentos supracitados, faz-se necessário uma intervenção governamental para amenizar o problema. Para isso, é necessário que o Governo Federal alerte as crianças nas escolas por meio de peças teatrais e palestras com pedagogos especializados. Junto a isso, o MEC (Ministério de Educação), deve selecionar alunos capacitados das Universidades Públicas no curso de pedagogia, para estagiar ajudando crianças nas escolas e garantir um atendimento especializado. Também, que o Governo Federal propicie campanhas nos meios de comunicações com apoio da mídia em televisão, rádio, jornais e principalmente internet, com o propósito de alertar a população à violência infantil e propagar o disque denúncia, com objetivo de aumentar o número de casos denunciados. Somente assim o pensamento de Paulo Freire será executado, para uma sociedade melhor e educada.