Título da redação:

O que acontece na infância, não fica na infância

Proposta: Alternativas de combate à violência infantil no Brasil

Redação enviada em 27/06/2017

A violência infantil, muitas vezes é justificada tendo como finalidade, educar as crianças. Contudo, esse fato contribui para a perpetuação da violência de pais com seus filhos no decorrer das gerações. Nesse contexto, a Lei Menino Bernardo, criada em 2014, busca proibir agressões físicas como medida educativa ou punitiva aos filhos. Entretanto esta prática ainda persiste de forma acentuada e preocupante no Brasil. É notável que são poucos os casos em que a vítima denuncia a ocorrência de violência sofrida em razão da sua proximidade com o agressor, que muitas vezes é um parente. Em decorrência disso, a criança é constantemente intimidada pelo criminoso, fazendo que ela fique com medo de denunciá-lo. Para exemplificar tal situação, temos o caso do menino Bernardo, uma criança de onze anos que era constantemente violentada pela família e ao tentar buscar ajuda foi brutalmente espancada até a morte por seu pai e madrasta. Nessas circunstâncias, torna-se evidente a necessidade de medidas que assegurem a vitima proteção e sigilo em sua denúncia. Além disso, destacam-se as agressões com fins educativos como impulsionadora da violência infantil no decorrer das gerações. Segundo Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar que exerce determinada força sobre os indivíduos, obrigando-os a se adaptarem ao meio em que vivem. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que a violência infantil pode ser encaixada na teoria do sociólogo, uma vez que, se uma criança vive em constante abuso de sua família, ela tende a adotar esse comportamento por conta de sua vivência, manifestando-o futuramente em seus filhos. Por isso, é preciso que a concepção de que a violência educa seja erradicada. Portanto, infere-se que, como dizia Freud: o que acontece na infância, não fica na infância. Com isso, a escola por meio de palestras direcionadas a família, deve mudar o ideário de que a violência é a melhor forma de educar, incentivando novos meio educacionais como o diálogo e o castigo. A mídia, por sua vez, deve incentivar a denuncia através de propagandas em horários nobres. Por fim, o Governo deve aperfeiçoar as leis já existentes, fiscalizando-as com maior intensidade, e também assegurar à vítima proteção durante o processo judicial referente à denúncia, para que assim ela possa se sentir segura e amparada.