Título da redação:

O perigo mora dentro de casa

Proposta: Alternativas de combate à violência infantil no Brasil

Redação enviada em 03/11/2018

A violência é um mal que acompanha constantemente a sociedade brasileira. Entretanto, as crianças são a parcela da população que, embora mais vulneráveis que qualquer outro segmento social, são frequentemente vítimas da violência. Desse modo, para retificar tal problema é necessário entender o que se caracteriza como violência e quem são os agressores. Um estudo feito pela organização social Visão Mundial relatou que o Brasil é o líder no ranking de violência contra crianças na America Latina. A pesquisa ainda aponta que três em cada dez pessoas conhecem alguma criança que já sofreu algum tipo de violência. A violência infantil não é apenas agressão física, ele pode ocorrer através de abuso psicológico, sexual, trabalho escravo, casamento precoce e por meio de ameaças. As maiorias das agressões não ocorrem em locais públicos, mas sim em ambiente domiciliar. Segundo Karina Lira, assessora de Proteção à Infância da Visão Mundial, a maioria das denúncias de violência relatadas no Disque 100 ocorrem em domicílios. Assim, o que ocorre é que aqueles que deveriam zelar pela integridade física e psicológica da criança são os que praticam tais atos. O caso da Isabella Nardoni, uma criança de cinco anos que foi agredida pela madrasta e posteriormente jogada da janela de um apartamento pelo próprio pai, exemplifica tal problema. Nos casos que a criança sobrevive, o trauma gerado é levado para a vida toda, carecendo de acompanhamento medico constante. Fato que ocorreu com Elizabeth Thomas, uma norte americana, que quando tinha por volta de um ano de idade foi constantemente abusada pelo próprio pai. Mesmo depois de adulta, Elizabeth ainda faz acompanhamento médico para lidar com os traumas vividos ainda criança. A Lei popularmente conhecida como Lei da Palmada, criada em 2014 foi um grande avanço. Porém, para combater o problema é necessário que os Conselhos Tutelares realizem visitas periódicas as escolas para monitorar o bem estar das crianças. O diagnostico de possíveis casos de maus tratos se daria pela analise da conduta e desenvolvimento escolar do aluno e por meio de uma conversa que a criança iria ter com um psicólogo. A criação de um Banco Único de Informações que conteria informações sobre a vida de cada criança até os doze anos de idade seria relevante para monitorar se a criança esta devidamente cadastrada em uma escola. Ações assim, seriam fundamentais para a detecção de casos de violência infantil.