O Brasil ainda apresenta quantidade absurda de crianças e adolescentes que têm seus direitos violados. Prova disso é o estudo feito pela Faculdade Latino- Americana de Ciências Sociais (FLACSo), baseado nos registros do Sistema de Informações de Agravos e Notificações (SInAN), do Ministério da Saúde. Onde foram captados cerca de 97.900 atendimentos motivados por violência à criança em todo o território nacional, no ano de 2014. Caracteriza-se como violência à criança e ao adolescente, a partir do simples ato de negligenciar ou abandonar. Muitas vezes, se não em sua maioria, tal prática é cometida por pessoas do mesmo ambiente sócio-afetivo que a vítima, causando-lhe sequelas ainda maiores. As consequências do abuso são inúmeras e não se limitam ao sofrimento físico. Dificuldades no aprendizado, incapacidade na construção de relações interpessoais e baixa autoestima, são somente alguns dos exemplos citados pela médica psiquiatra, Cecy Dushee de Abranches. Com isso, ficam claros os meios para combater esse mal que assombra a sociedade atual. É necessário que as instituições que lidam com jovens e crianças, estejam sempre alertas a qualquer sintoma oi indício de que a criança esteja sofrendo algum tipo de abuso. Para isso, é recomendável que sejam realizadas, de forma frequente, campanhas voltadas à conscientização da população, estimulando, assim, o mais reconhecimento da violação dos direitos da criança. Do contrário, o próprio Estado estaria compactuando com o delito e, consequentemente, caracterizando outra forma de abuso, o institucional, que consiste na negligência por parte de instituições públicas ou conveniadas.