O escritor Augusto Cury é sábio quando declara que a violência gera violência. De fato, é percebido a influência negativa no desenvolvimento das crianças quando são violentadas, aprendem como lei imperante a de Talião, “olho por olho, dente por dente”. Desse modo crianças violentadas tendem a repetir o ato quando adultas. Segundo a Organização Mundial da Saúde as crianças brasileiras estão entre as que mais sofrem maus tratos no mundo, essa problemática exige da sociedade e governantes maneiras para combater a violência. A violência doméstica cometida pelos parentes é a maior causa de atendimentos em pronto socorros brasileiros, segundo o Fundo das Nações Unidas para Infância cerca de 80% acontece dentro de casa, assim como de hora em hora morre uma criança queimada, torturada ou espancada pelos próprios pais. Outro fator relevante diz respeito ao futuro daqueles que foram maltratados, pesquisas norte americanas comprovam o déficit psicológico que apresentam na fase adulta. Verificaram que crianças vítimas de abuso e negligência tem probabilidade 1,8 vezes maior de serem presas na juventude quando maltratadas, tendem também a desenvolver problemas de abuso de drogas. Além disso, mais de 50% dessas enfrentam dificuldades na escola, e cerca de 25% precisam de serviços de educação especial. Pitágoras já dizia- “eduque as crianças para que não seja necessário puni-los quando adultos”. Nesse sentido é de extrema importância investir na educação da sociedade pois depende dessa o futuro que se almeja. Não existe fórmula mágica para acabar com a violência mas há formas de combate-la. Uma delas diz respeito às escolas pois são aliados das crianças, muitas vezes são os professores que notam a violência, sendo assim é de extrema importância o governo investir na preparação destes visando intervir junto aos conselhos tutelares na realidade das famílias. O governo já deu um grande passo criando o programa intitulado-Escola que Protege: enfrentando a violência contra crianças e adolescentes- desse modo desenvolveu-se material informativo com a finalidade de conscientizar os educadores acerca das causas que levam a violência. Também formas de intervir na realidade das comunidades buscando ajudar as famílias na compreensão de que a violência é um círculo vicioso o qual os pequenos irão reproduzir quando adultos. Outra maneira de enfrentar a violência tem cunho na sociedade pois depende dela as denúncias de maus-tratos assim como de cobrar das autoridades-conselho tutelar e serviço social- ações que punam os violentadores. A difusão do disk denúncia é o meio pelo qual a sociedade poderá incriminar o agressor. Será por meio de campanhas publicitarias em rede de televisão aberta que a conscientização acontecera. Salientando-se ainda que desde 2014 o governo desenvolveu um aplicativo para ser usado nos celulares o qual em tempo real possibilita informar a uma central vigia a localização exata da vítima. Por sua vez orienta ações de repressão ao agressor. Além disso é possível responsabilizar os agentes de saúde para que nas visitas domiciliares investiguem situações de vulnerabilidade social que coloquem em risco as crianças, posterior compartilhar essas informações com as autoridades competentes. Desse modo se percebe que há formas de enfrentar a violência e mudar o paradigma brasileiro basta união da sociedade e governantes.