As denúncias de violência contra crianças não diminuem. O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) foi um órgão criado a fim de defender os direitos desses que não têm voz dentro de casa nem perante o Estado. A maior parte dos pacientes infantis que chegam a hospitais e pronto-socorros é caso de violência doméstica. Os pais, irmãos e avós são os mais recorrentes culpados por esse tipo de atrocidade. Segundo estudos de psicólogos e psiquiatras da Universidade de São Paulo, a agressão física não é capaz de educar um jovem ou uma criança. A violência apenas torna esse indivíduo mais agressivo e ansioso. A conversa ensina através de argumentos e faz com que a criança compreenda embasadamente a dimensão dos seus atos. Existem leis que criminalizam a violência infantil, mas não costumam ser aplicadas pela justiça brasileira. Além disso, dificilmente a criança que sofre agressão física ou psicológica passa por tratamento com profissionais especializados enquanto os seus agressores são punidos. É indispensável, portanto, que as escolas promovam reuniões para conversar com os responsáveis acerca as consequências da violência para a vida da criança. Os professores devem ficar atentos a escoriações e comunicar o conselho tutelar caso elas ocorram. Assim, será mais fácil afastar as crianças de possíveis situações de abuso.