Título da redação:

A mentalidade do agredir para educar

Tema de redação: Alternativas de combate à violência infantil no Brasil

Redação enviada em 31/05/2017

Por gerações, a maneira mais usada, pelos pais, na educação dos filhos era o “corretivo”, baseado em métodos singelos ou graves de agressão física, verbal ou sexual. Hoje, graças aos estudos pedagógicos e psicológicos, sabe-se que agredir crianças não é a melhor maneira de “corrigir”. A palavra educação remete à disciplina, que, por sua vez, é relacionada, no senso comum, com dor e punição. No período da ditadura militar brasileira, as formas de “educar” são análogas aos métodos de agressão corretiva que muitos pais ainda impõem na criação dos filhos. Não é, contudo, possível afirmar que essa forma de educação seja verdadeiramente fiel à ditadura, apesar das semelhanças. Além disso, é fato que a violência não é exclusivamente caseira, porém, de acordo com dados de um estudo desenvolvido pela Flasco (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais), a agressão física é o que mais leva menores de 18 anos a serem atendidos no serviço público de saúde. A maioria deles é fruto de violência doméstica. A violência em casa, principalmente entre famílias tradicionais, de baixa renda e, consequentemente, escolaridade, é comum por geralmente viverem em locares arriscados ou com influência de drogas. Por isso, dentre outras ideias, o diálogo entre pais e filhos evitaria possíveis traumas e alimentaria o sentimento de respeito mútuo ao invés de medo, pois, caso incentivado, fortalece as relações familiares e previne novos desentendimentos. Portanto, medidas como, com ação ativa do Ministério da Cultura, formular e implantar políticas para auxiliar famílias no relacionamento mais saudável com suas crianças, a partir de incentivos presentes em todas as camadas sociais e, com o Ministério da Educação, melhorar os espaços de ouvidorias nas faculdades federais de Psicologia, que carecem de apoio governamental, para oferecerem atendimento às crianças vítimas de abusos físicos, psicológicos e sexuais, ajudaram a melhorar a problemática.