Título da redação:

A educação repressiva

Proposta: Alternativas de combate à violência infantil no Brasil

Redação enviada em 09/05/2017

Desde sempre, a repressão é vinculada à educação infantil pelos pais no Brasil. É cultural a prática de agressões físicas ou terrores psicológicos a fim de educar as crianças. Contudo, esse fim geralmente não é atingido plenamente, pois a violência pode causar efeitos devastadores, que podem acompanhar o indivíduo durante sua vida adulta. Desse modo, são necessários meios alternativos para educação infantil no país. Nesse viés, é importante explicitar as consequências e os modos desse terrível costume. As crianças, indubitavelmente, são os sujeitos que mais sofrem nesse processo. Ao serem reprimidos por tapas ou agressões verbais pelos pais, elas são intimidadas e, automaticamente, perdem a confiança nas pessoas mais próximas. Sendo assim, o período infantil torna-se opressivo ao invés de educativo. Além disso, indivíduos que crescem nessas condições desenvolvem medo em relação ao mundo e à sociedade e, como defesa, tornam-se agressivos também. Outrossim, tal comportamento gera isolamento social, baixa auto estima, depressão, etc. Todavia, a violência infantil não se dá somente pela criação dos pais, ela pode vir de fontes externos ao núcleo familiar, haja vista, o abuso sexual e o trabalho infantil em plantações ou fábricas. Esses delitos hediondos são inconstitucionais e seus responsáveis devem ser severamente punidos pela lei, pois gera danos incalculáveis às vítimas. Então, educação infantil não é compatível com violência. Crianças e adolescentes necessitam de um suporte próximo, alguém para confiar, pois, assim, o aprendizado e a integração social deles são mais prováveis. Igualmente, o ambiente adequado para eles é a escola e não as lavouras e as fábricas. Tendo isso em vista, é possível citar como exemplo o livro “Capitães da Areia” do autor Jorge Amado. Os personagens dessa história são crianças moradoras de rua e órfãs, submetidas às adversidades urbanas, que praticam atos de vandalismo e roubo na cidade. Porém, ao ser introduzida a figura materna da personagem Dora, os “capitães da areia” transformam-se em crianças dóceis. Logo, nota-se que a fraternidade tem grande poder educativo e psicológico na infância. Conclui-se, portanto, que a violência infantil é ineficiente e tem potenciais devastadores. Para o seu combate, concerne ao Estado, ministrar campanhas televisivas e palestras sobre as consequências desse tipo de coerção, alertando e conscientizando pais, professores e vítimas. Ademais, o poder público deve ampliar a fiscalização em relação ao trabalho infantil e a exploração sexual de crianças, além de criar delegacias específicas para a investigação desses crimes. Por fim, é necessário que a sociedade propague pelas redes de comunicação ideais de brandura no tratamento às crianças, denunciando agressores e protegendo a infância.