Título da redação:

A derrota de um legado

Tema de redação: Alternativas de combate à violência infantil no Brasil

Redação enviada em 08/05/2017

Ao longo da formação do Estado brasileiro, a imposição de leis e estatutos que objetivam proteger o direito de crianças e adolescentes, ainda que tardias, não são capazes de conter o crescente índice de violência contra estes. O uso de força maior ainda é considerado por muitos como uma forma educativa de controle as normas da sociedade. Logo, tal problemática envolve questões de comportamento e mentalidade social, que se encontram inadequadas para a formação de uma criança. Em primeira análise, devemos compreender os motivos que ressaltam a falsa importância dos castigos físicos e psicológicos como ferramenta de educação. Temos varias exemplificações históricas que comprovam que o uso da violência pode ser uma maneira repentina de resolver de forma injustas determinados conflitos ou desejos impostos pelo agressor_ como a política do Apartheid que instituiu regras a uma parcela da sociedade durante o Imperialismo sobre a Africa do Sul. Logo, o dialogo não é algo comum no consciente coletivo de muitas famílias, pois, em muitos casos, a agressão realizadas as crianças estão contidas em seus lares. "A violência,seja qual for a maneira que ela se manifesta, é sempre uma derrota". A proferida frase de Jean-Paul Sartre , importante escritor e filósofo francês, nos evidencia que os atos violentos geram efeitos negativos no corpo social. A conduta de ameaça e degradação sob uma criança ou adolescente podem estabelecer danos sociais e psicológicos devido a uma fase de aprendizado e descoberta pessoal, que merece de bons exemplos e apoio. Desse modo, o legado gerado durante a infância é responsável pela formação de um jovem ou adulto, que pode desenvolver problemas de insociabilidade causados pelo trauma ou a propagação de mais agressão como foram ensinados ao longo da vida. Contudo, o que notamos na sociedade é um resistência a políticas que visam barrar o ciclo da violência infantil. Fica evidente, portanto, que a agressão a crianças são vistas como uma normalidade, ou seja, de fato a violência contra as crianças é institucionalizada e acarreta um comportamento de posse sobre os filhos quando realizam algum ato que é desaprovado. Com isso, notamos um impasse comportamental a lei da Palmada , aprovada no ano de 2014, que não busca caracterizar a violência como uma ação de natureza disciplinar, e sim aprova-la como um crime. Diante do que foi exposto, fica manifesto que as alternativas atuais de combate a violência infantil carecem de ampliações para o seu entendimento maior. Cabe ao Estado, através do Ministério da Justiça e Segurança Pública, criar ,em parceria com a mídia e escola, campanhas de conscientização publicitárias ou palestrais que visam moldar atuação social em relação a presença de violência infantil; ademais, é valida a criação e a estimulação, através destas campanhas, de um sistema de denúncia que busque ampliar a apuração de casos seguida da punição de agressores conforme as leis existentes no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Assim, podemos formar gerações que se equilibrem de forma coerente e justa com as suas idades e força.