Título da redação:

A construção de uma nova geração

Tema de redação: Alternativas de combate à violência infantil no Brasil

Redação enviada em 08/08/2017

No Brasil a violência infantil está infundida em todos os âmbitos sociais. Nem a criação de estatutos nem a criminalização dos fatos fez com que o país, ao longo dos anos, reduzisse os índices desse tipo de violência. Fazendo uma analogia com o pensamento de Thomas More em a`` Utopia`` é preciso coexistir o equilíbrio entre o tripé Estado, Sociedade e Família para que se possa chegar a uma solução efetiva e direta à casuística. O termo violência se traduz como o uso da agressividade de forma intencional e excessiva para ameaçar ou cometer um ato que resulte em acidente, morte ou trauma psicológico. Os dados estatísticos do Mapa da Violência no Brasil revelam que essa atinge um numero expressivo de pessoas, sem distinção de sexo, raça/etnia, condição socioeconômica, religião ou idade, contudo são as crianças as vítimas mais frequentes das expressões de violência, isso justificado entre outros aspectos pela fragilidade desses sujeitos. Em defesa de resguardar e garantir os direitos da criança, a partir de 1990 com a criação da ECA( Estatuto da Criança e do Adolescente) deu-se inicio a batalha travada em tentar principalmente, através de normas jurídicas ordenadas, coibir o avanço no numero de casos desse tipo de violência no país, contudo apesar dos esforços, decorridos quase trinta anos de seu início o que se observa é um aumento na diversificação dos tipos de agressões e um numero cada vez maior na quantidade de casos. Levando em consideração os avanços no que diz respeito a maior visibilidade e popularização do tema que, de certa forma, contribuiu para o despertar da população em geral da necessidade de mudança de estratégia nas diretrizes do plano de ação. A filosofia de Locke de forma bem inerente ao contexto já preconizava a função do Estado em defender os direitos naturais do indivíduo, é através dessa temática que devem se desenvolver todo o aparato de resolução da problemática. O indivíduo em questão é a criança, em razão da multicausalidade do tema e do seu caráter multifacetado é necessário que o Ministério da Justiça promova a capacitação de multiplicadores sociais em que, atentos a peculiaridade de cada universo vivido por cada vítima, possam atuar como identificadores e interventores na problemática, desenvolvendo atividades preventivas e terapêuticas entre as crianças e seus familiares buscando reafirmar o convívio familiar e a superação dos atos de violência. Em conjunto, o Ministério da Educação deve incluir no planejamento escolar, público e privado estreitamento dos laços com a família e comunidade ao seu redor promovendo atividades socioeducativas inclusivas e atuando como observadores do cumprimento das normas do ECA bem como contribuindo para a construção de uma nova geração em que o Estado, a Sociedade e a Família estejam firmados nos princípios da dignidade, igualdade de direitos e do respeito às diferenças e assim coexista o equilíbrio e solução de vez do problema.