O ser humano é um conjunto das relações sociais concretamente determinadas pela história. Não está interessado somente em interpretar o mundo, mas sim, em transformá-lo. Entretanto, quando se discute sobre o acesso ao sistema público de saúde e os problemas enfrentados pelos brasileiros percebe-se que a Constituição de 1988 garante saúde de qualidade a todos os cidadãos, mas na realidade não é o que acontece. Nesse caso, cabe um debate mais amplo sobre a crítica realidade da saúde brasileira e os desafios de muitos cidadãos para terem acesso a uma saúde de qualidade. Seria um bom começo melhorar o olhar lançado sobre que no Brasil há uma visão errônea sobre a medicina, uma vez que é utilizada apenas como tratamento de patologias, ou seja, no Brasil a medicina é curativa e não preventiva, torna-se assim insuficiente o investimento em infraestrutura e saneamento básico. Em vista disso, percebe-se que é destinado para a saúde pública uma pequena parte da arrecadação estatal, assim o SUS, com a situação que é agravada pela corrupção e má administração, torna-se um modelo de superlotação, falta de recursos materiais, infraestruturais e mesmo humanos, incapaz de atender todos que necessitam de atendimento médico. Essa conjunção de fatores evidencia que quem mais é prejudicado é o cidadão, que paga impostos para ter direito à saúde de qualidade e que não lhe é ofertado, tendo que recorrer a planos de saúde e atendimentos particulares, esse é o retrato da saúde pública brasileira, que exige urgentemente de medidas para mudança dessa situação calamitosa. É preciso, porém ir além e encarar essa questão como um problema de ordem social, uma vez que o cidadão brasileiro é diretamente afetado e prejudicado pela ineficácia do sistema público de saúde. Outrossim, é preciso enfatizar que ocorra uma reconstrução do sistema de saúde brasileiro, visando buscar uma medicina preventiva, assim diminuindo futuramente gastos com pessoas enfermas, como segundo o Doutor Drauzio Varella disse: " O Sistema brasileiro é centrado quase que exclusivamente na doença", ou seja, uma medicina curativa. Levando em consideração os fatos fundamentados ao longo do texto, pode-se compreender que para a mudança desse quadro exige intervenções pontuais: promover ações sociais que contemplam uma ação conjunta dos cidadãos com estudantes e funcionário da área da saúde, a fim de promover campanhas nas redes sociais e praças públicas chamando a atenção da mídia e por sua vez do Governo para as melhorias que devem ser feitas em tal ramo, como disponibilidade de mais médicos, recursos materiais como remédios, leitos, vacinas, além disso, é imprescindível cobrar do Ministério da Saúde que fiscalizem o direcionamento das verbas da saúde, com o propósito de evitar desvio de erário público. Além disso, é preciso o aumento da remuneração de médicos do SUS, com o propósito de incentivar o seu trabalho para o Governo. Com essas iniciativas espera-se o acesso a saúde pública no Brasil, tenha mudanças, e a população consiga ter acesso à saúde como lhe foi garantido pela lei.