O sistema público de saúde, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), é definido como "a arte e a ciência de prevenir doenças, prolongar a vida.". A realidade no Brasil, porém, não condiz com tal conceito. A falta de acesso à saúde pública devido à superlotação dos hospitais, com falta de leitos, aparelhos e medicamentos, são os principais desafios enfrentados pela população. Na mídia, frequentemente são divulgadas reportagens acerca de pacientes que aguardam por muitas horas até conseguir receber um atendimento, sendo que em alguns casos há indivíduos que morrem por falta de atendimento, ou por falta de recursos e medicamentos, o que atestam os profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde. As dimensões continentais do território brasileiro geraram nos portugueses que aqui chegaram quando da ocasião do descobrimento, um inicial desinteresse na colonização. Tal desinteresse ocorreu principalmente pelo processo de colonização não ser lucrativo para a Coroa portuguesa, porém a partir do momento que suas outras fontes de lucro se esgotaram, fizeram acontecer o processo de colonização de um jeito ou de outro, porque passou a ser uma prioridade. Analogamente, a Saúde Pública não é lucrativa para o Estado economicamente, pois demanda muitos recursos, porém vivemos em um país democrático, não em uma monarquia, portanto o "lucro" para o Estado deve ser garantir o bem de seus cidadãos. Ante à essa lamentável realidade de inúmeros desafios para o cidadão ter acesso ao serviço público de saúde, é fundamental a ação do Governo Federal no sentido de investir mais recursos na construção de novas unidades, bem como suprí-las com os aparelhos e medicação necessárias. Além disso, os profissionais de saúde devem se mobilizar por meio de manifestações nas ruas e nos meios de comunicação em prol dessa causa. A falta de acesso à saúde fere a dignidade humana, o que não pode ser aceito em um país onde a Constituição Federal nos assegura tal direito.