A corrupção, infelizmente, está inserida na sociedade brasileira como uma prática comum quando se trata de políticas públicas. Segundo Marcelo Odebrecht em delação premiada na operação Lava Jato, a corrupção se institucionalizou no ano de 1985 com o fim do regime militar. Com mais de vinte anos de desvios de dinheiro público, diversas áreas social do Brasil foram ficando sucateadas sem o devido investimento, áreas básicas como a educação, segurança e a saúde. No âmbito da saúde, as dificuldades enfrentadas pela população que necessita dos atendimentos públicos são grandes, vai desde a falta de recursos para medicamentos até a superlotação dos hospitais, tornando-os precários para o atendimento. Em princípio, a falta de investimento na saúde é sem sombra de dúvidas uma das principais causas pelo sucateamento que os hospitais públicos estão passando. Falta verba para compra de medicamentos e para a própria manutenção do hospital no quesito limpeza e conforto, além do mais, segundo uma matéria do jornal Estadão, o Brasil é um dos países que menos investe em saúde comparado com outros países da América Latina, comprovando que um dos atuais problemas é a falta de investimento. Além disso, o desvio de verba pública ajuda a dificultar ainda mais as melhorias que o dinheiro desviado poderia trazer. Um exemplo são os desvios que foram feitos nos estádios de futebol da copa do mundo no Brasil, desvios investigados e provados pela Polícia Federal, enquanto no mesmo período os hospitais necessitavam de apoio financeiro do Governo Federal, contudo nada tiveram em relação aos investimentos. Logo, isso tudo acaba dificultando o acesso da população brasileira ao sistema público de saúde. Fica claro, portanto, que o PIB brasileiro deve ser redistribuído e inserido na área da saúde com uma porcentagem maior, uma vez que é somente investido 3,6% do PIB anual. O investimento deve ser administrado pelo Ministério da Saúde, iniciando-se com um programa de apoio clínico para ser inserido nos hospitais públicos do Brasil com o intuito de atender toda a população, desde consultas de rotina até pequenas cirurgias. Ademais, O Ministério Público deve ficar monitorando todos os gastos públicos com ajuda da Polícia Federal, afim de fiscalizar se há desvios de verbas que acabam prejudicando a saúde pública.