No início do século XX, as reformas conduzidas por Oswaldo Cruz no sistema de saúde brasileiro foram responsáveis por erradicar muitas doenças, trazendo maior qualidade de vida para a população e uma visão próspera de futuro. No entanto, o país enfrenta, atualmente, uma realidade de precariedade nos hospitais. Isso de evidencia não só pela falta de infraestrutura, mas também pela ausência de profissionais capacitados nessa área. Em primeiro lugar, deve-se destacar o fato de que muitos postos de saúde não possuem uma instalação adequada, visto que são poucos leitos e há falta de organização no atendimento aos pacientes. Assim, a grande demanda populacional não é completamente atendida, o que gera filas de pessoas à espera do serviço nos hospitais - fato frequentemente demonstrado na mídia de televisão. Como resultado, o direito à saúde pública de qualidade, estabelecido pela constituição federal, é simplesmente teórico. Além disso, muitos estados sofrem com a falta de médicos, principalmente, em regiões mais pobres, ao passo que existe uma parcela desses indivíduos que se formam, porém não exercem a profissão. Tal fato remete a Gilberto Freyre, para quem o saber sem um fim social será a maior das futilidades. Assim sendo, o Estado acaba por investir em soluções a curto prazo, como trazer profissionais estrangeiros, em detrimento de investimentos na área de medicina no Brasil, que seriam mais benéficos à nação. O sistema de saúde vigente, portanto, necessita de mudanças para alcançar boa qualidade. Logo, cabe ao Governo Federal disponibilizar receitas para que haja a construção de mais hospitais, além ordenar melhores administradores a esses estabelecimentos. Além disso, o Estado deve enviar recursos à área de medicina, oferecendo livros, instrumentos de estudo e incentivando palestras de universitários nas escolas para que mais jovens possam se interessar pela carreira. Somente assim o país poderá recuperar a visão de progresso na saúde proporcionada por Oswaldo Cruz.