Título da redação:

Caminhos para a saúde tupiniquim

Proposta: Acesso ao sistema público de saúde: os problemas enfrentados pelos brasileiros

Redação enviada em 24/10/2017

Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano e degradante. Essas são palavras que constam na Declaração Universal dos Direitos Humanos, mas que, atualmente, não se fazem reais na vida de milhares de pessoas que dependem do Sistema público de Saúde no Brasil. São diversos os problemas enfrentados pelos brasileiros, com destaque para a superlotação de hospitais públicos, insuficiência de médicos e longo período de espera para se conseguir atendimento. Em primeiro lugar, a superlotação de hospitais e unidades de atendimento configuram o primeiro obstáculo ao cidadão que necessita de cuidados médicos no país. Segundo dados do Tribunal de Contas da União (TCU), 64% dos hospitais públicos da nação estão com sua capacidade largamente excedida. Como resultado, além do sofrimento físico e mental, o paciente ainda enfrenta ambientes com péssimas condições de higiene, excesso de pessoas e precárias condições de acomodação. Somado a isso, a carência de médicos e profissionais de saúde representam outro entrave para a qualidade do atendimento ao paciente. Em pesquisa recente realizada pelo IBGE, constatou-se que 37% das pessoas que solicitam atendimento público de saúde não encontram médicos disponíveis, assim como 32,7% não conseguem pegar ao menos uma senha para serem atendidos. Atrelado a esse contexto, o longo período de espera para receber atendimento potencializa ainda mais a situação problemática do acesso ao tratamento de saúde em território nacional. Algo evidenciado nos dados colhidos pelo Instituto Datafolha de São Paulo, em que se verifica uma demora média de seis meses para se conseguir uma consulta médica, tendo apenas 24% dos cidadãos conseguindo atendimento em menos de um mês. Portanto, essa desastrosa realidade de problemas de superlotação de hospitais públicos, falta de profissionais e longa espera para se conseguir atendimento precisa mudar. Como caminho para tal, é fundamental que haja mais repasse financeiro da União a todos os estados da nação, especialmente àqueles com piores índices de acesso aos serviços públicos de saúde. Além disso, é essencial fortalecer o Programa Mais Médicos do Governo Federal, assim como também criar estágios para formandos em medicina, prioritariamente, em Unidades de Pronto-Atendimento localizadas nas áreas mais carentes dos municípios de todo o país. Dessa forma, cada vez mais, poder-se-ia ter uma realidade brasileira em consonância com o ideais da Declaração Universal dos Diretos Humanos.