Título da redação:

Alto grau de gravidade.

Proposta: Acesso ao sistema público de saúde: os problemas enfrentados pelos brasileiros

Redação enviada em 04/10/2017

Abandono. Descaso. Baixa infraestrutura. Caos. Essas são as palavras que definem o estado da saúde brasileira. Sabe-se, contudo, que essa realidade é um resquício histórico. O início da Primeira República já demonstrava o abismo social que vigora até os dias atuais com a Revolta da Vacina que obrigava a vacinação contra a varíola gerando a revolta populacional por falta de conhecimento. Ainda que um século após, a realidade não comprova grande diferença no par ação e reação em relação a atuação pública e sociedade, tornando necessária mudanças.  Sendo assim, embora a medicina tenha progredido significativamente, o acesso a esfera da saúde ainda encontra-se defasado e mal administrado. Isso acontece pois grande parte do montante recebido pelo governo é desviado para fins pessoais pelos governantes. A mídia detém de grande participação nesse sentido, visto que, tornou-se comum assistir em jornais de televisão e rádios escândalos de corrupção. Consequentemente, as verbas que deveriam ser destinadas ao suprimento de demandas hospitalares tornam-se insuficientes. Logo, o reflexo é visto no dia-a-dia de quem precisa ser atendido devido a falta de medicamentos, aparelhos, macas e médicos. Na tentativa de transformar esse quadro, foi criado o SUS (Sistema Único de Saude) que apresenta proposta de atendimento igualitário a todos e a garantindo o direito de saúde previsto na Constituição Federal. O programa, no entanto, não atingiu a expectativa que gerou, e, apesar de ser contagiante no papel, necessita de alterações na prática. Além disso, é necessário ressaltar a diferença brusca de tratamento em lugares de difícil acesso - como a população ribeirinha e os lugares interiorizados. É notória a ausência de postos, clínicas e hospitais nesses lugares e a grande maioria que permanece ativa não suporta a demanda dos habitantes devido aos poucos recursos. Por conseguinte, as pessoas que necessitam de auxílio médico optam por viagens longas, em vias perigosas ou barcos, para cidades mais próximas em busca de ajuda. O diagnóstico do Brasil em relação a essa problemática apresenta alto grau de gravidade. É necessário que ocorram operações para curar o país dessa epidemia chamada precariedade. Para que isso ocorra, é preciso que o Ministério Público atue em investigação e puna os culpados pelos desvios públicos, fazendo-os devolver o valor roubado. Como também, o Ministério de Saúde aliado a rede privada de hospitais deve criar um consórcio com a ideia do SUS. Se, ao passar pela rede básica e ela apresentar grande demanda para atendimentos, o paciente que precisar de tratamentos especializados, será encaminhado diretamente para o hospital que faz parte do consórcio da sua região — seja ele público ou privado. Por fim, é preciso a construção de unidades de atendimento básico, pelo Governo, para povos pouco acessíveis, viabilizando o transporte seguro e reservando os casos mais graves aos hospitais mais próximos. Essas são as medidas que devem ser tomadas para um acesso mais justo e igualitário.