Como resultado da Reforma Sanitária de 1970, no ano de 1988, por ocasião da promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil, foi instituído o Sistema Único de Saúde (SUS) que passou a oferecer acesso integral e gratuito a serviços de saúde. A democratização da saúde, no entanto, ainda é vista de forma utópica, como na visão da jornalista Claudia Colucci “Uma conquista na qual não podemos abrir mão. Mas na prática, nem países ricos e menos populosos ousaram prometer tudo para todos, em saúde” É evidente a precariedade do Sistema Público de Saúde no país. A falta de recursos e a grande demanda, mais de 150 milhões de brasileiros utilizam o SUS, são apenas alguns dos fatores que fomentam o problema. O governo explica a dificuldade na falta de médicos nas zonas mais afastadas, porém, isto é apenas consequência da inoperância da administração Pública. Os baixos salários e recursos que os médicos recebem para trabalharem nesses locais motiva a grande concentração desses profissionais nas grandes regiões. Atualmente o Brasil investe menos em saúde, apenas 8% do PIB, do que a média dos países Africanos. Há ainda a visão errônea da medicina apenas como tratamento de doenças, por isso, é quase mínimo o investimento na prevenção como saneamento básico. Essa prevenção refletiria na diminuição de muitas doenças e enfermidades, consequentemente, nos atendimentos hospitalares. Saúde é direito de todos e dever do Estado. Assim, torna-se necessário por parte do Poder Público o investimento nesse setor, principalmente na prevenção, como saneamento básico e recursos de higiene que cheguem até as comunidades mais desprotegidas. Por parte da mídia e das escolas, campanhas imunológicas e de conscientização de doenças evitará o grande número de pessoas que vão aos hospitais devido a essas patologias. Com algumas dessas medidas cada vez mais, na prática, o Sistema único de Saúde chegará a todos e não somente em teoria, como na visão da jornalista Claudia Colucci.