A volta de doenças antes erradicadas no Brasil é um assunto que vem preocupando tanto as autoridades, quanto a população brasileira. O retorno de males como a malária, dengue e febre amarela se deve, principalmente, ao relaxamento do governo em relação à profilaxia das mesmas e à interferência humana no meio ambiente nos últimos anos. No início do século XX, o cientista Oswaldo Cruz implementou uma série de ações que visavam a erradicação de doenças no Brasil. Dentre essas realizações encontrava-se a limpeza das cidades e o aprimoramento do saneamento básico. Tais feitos surtiram resultados positivos e foram responsáveis por erradicar muitas das doenças na época. No entanto, o descuido das autoridades brasileiras com a proliferação dos vetores dessas enfermidades resultou no retorno das mesmas. Investimentos em campanhas sanitaristas, implementação de carros ''fumacê'' e divulgação de medidas profiláticas não foram as prioridades do governo até alguns anos atrás. A interferência humana no meio ambiente acarreta diversos impactos sociais, dentre eles a proliferação de enfermidades. A criação da usina de Itaipu, por exemplo, é resultado de muitos hectares de áreas desmatadas. Esse desmatamento gera grande desequilíbrio ambiental, resultando na desestablização da cadeia alimentar e, por conseguinte, na superpopulação de certas espécies transmissoras de doenças. O desastre ambiental ocorrido em Mariana (MG) é um dos fatores que colaborou com o aumento de casos de febre amarela no Brasil. O acontecimento desastroso em 2015 destruiu grande parte do habitat natural de muitas espécies, fazendo com que estas migrassem para outros lugares, inclusive para as cidades. Uma das espécies atingidas pela lama foi o mosquito transmissor da febre amarela que, antes habitando locais selvagens, agora está em contato com o homem. Vistas as causas que trouxeram de volta os males já erradicados no Brasil, cabe ao governo criar campanhas sanitaristas que realizem a limpeza e o melhoramento do saneamento básico nas cidades. Os governadores, por sua vez, devem organizar grupos de funcionários ligados à saúde e prevenção de doenças para realizar uma inspeção nas instituições públicas e residências, aplicando multas aos locais em que a proliferação dos mosquitos transmissores seja facilitada pelo acúmulo de água parada,por exemplo . As escolas devem ensinar as crianças e adolescentes, por meio de palestras, os principais meios de combate aos principais vetores das enfermidades que estão de volta ao Brasil.