Surpreendentemente é comum assistir doenças que outrora foram erradicadas, regressarem ao cenário epidêmico de determinada região. Entretanto, embora seja normal o aparecimento sistemático de determinadas doenças é de suma importância que o estado e seus artifícios, assim como a sociedade em geral tome medidas para conter a sua proliferação visto que surtos epidêmicos no geral têm consequências e causas em comum, das quais podemos citar: a atenuação dos problemas enfrentados pelos setores da saúde pública e a forma como determinada doença tornou-se epidêmica. No atual contexto brasileiro podemos observar que investimentos na área da saúde deveriam ser priorizados, uma vez que o tratamento recebido pelos pacientes muitas vezes são indignos, onde podemos dar como exemplo a situação exaustiva na qual as pessoas que necessitam da rede pública de saúde se encontram ao terem de esperar horas na fila dos hospitais para serem atendidos. Em decorrência disso, quando surge uma epidemia em determinada região, muitas vezes o sistema de saúde que já é carente pela falta de investimentos, encontra-se despreparado para conseguir tratar efetivamente o elevado contingente de pacientes que surgem naquele momento podendo dessa forma levar vários desses pacientes a morte. No Brasil muitos são os fatores que efetivam o aparecimento (ou reaparecimento) de epidemias, no qual podemos ressaltar os fatores ambientais dando exemplo da dengue, uma vez que geralmente surtos da doença são mais comuns no verão, decorrente ao alto índice pluviométrico do período que propicia um dos maiores motivos da procriação dos mosquitos vetores da dengue (a água parada). Já em regiões onde não há saneamento básico o fator que proporciona o aparecimento de epidemias é o estado, uma vez que ele é o agente responsável por dar saneamento básico para todas as regiões e ao não cumprir este papel integralmente, diminui a qualidade de vida de diversas pessoas além de deixá-las sujeitas a diversas doenças. De acordo com o Dr. Dráuzio Varella, influente médico brasileiro e formado pela USP (Universidade de São Paulo), o maior problema das políticas públicas é o fato de que a maioria delas são destinadas aos pobres e que uma medida que melhoraria as questões de saúde pública por exemplo seria a destinação de políticas públicas para todas as classes sociais (uma vez que enquanto os hospitais públicos for destinado aos pobres a situação precária ainda persistirá, entretanto se o alvo dos hospitais públicos fosse todas as classes sociais, incluindo políticos e pessoas de alto poder social com certeza o cenário seria diferente). Além do mais fica evidente que o estado e seus artifícios ficam responsabilizados por promoverem uma conscientização pública eficaz nos períodos de epidemia ao informar medidas de prevenção para toda população. Em síntese, vimos que os problemas causados pelas epidemias são inúmeros, tornando assim o problema supracitado em um problema nacional.