Assim como no filme “Assombrada pelo passado” em que a personagem principal é aterrorizada por pessoas mortas, os novos surtos de doenças extenuadas no século XX, como a febre amarela, têm amedrontado milhares de brasileiros nos últimos meses. Desse modo, a precária divulgação midiática e a crescente expansão territorial são as principais causas da reincidência desses males. Segundo o escritor Mário de Andrade, o passado é lição para ser refletida e não reproduzida. Assim sendo, o principal desafio na erradicação da febre amarela em 1904 foi a persistência da população a não vacinação, conhecido como Revolta da Vacina. Hoje isso ainda é um desafio. Em 2008, 6 pessoas morreram por reação alérgica à vacina e a falta de conscientização da mídia fez com que, diante dessas estatísticas, muitas pessoas tivessem uma visão negativa da vacina e não se vacinassem, aumentando assim, os riscos de alastramento do vírus. Ademais, a dengue, que ficou 60 anos sem fazer vítimas no Brasil, hoje bate recorde de contaminação, segundo a Fundação Oswaldo Cruz. Entretanto, como a febre amarela, esses vírus sempre estiveram no país porém apenas nas zonas rurais. Logo, a interiorização, a abertura de fronteiras econômicas novas e o desmatamento foram formas do homem entrar em contato com esses males até então silvestres. Dessa forma, ainda há muitos problemas antigos que devem ser solucionados para erradicarmos de vez essas doenças. Logo, é essencial que a mídia promova campanhas e programas com discussões para esclarecer a população sobre o tema. Também, é importante a ação do Ministério do Meio Ambiente para conter o desmatamento decorrente da interiorização, através de fiscalização e aplicação de multas. Além do Governo investir maior verba em vacinas e hospitais para auxiliar os enfermos.