As causas da ressurgência de moléstias consideradas erradicadas no Brasil são pontuais. Perpassam por fatores ambientais, ausência de saneamento e falta de investimento em campanhas de vacinação. Além de configurar um problema socioambiental, a volta das doenças põe em dúvida o comprometimento das autoridades públicas em assegurar saúde para população. Nesse sentido, é indispensável a revisão de políticas públicas com o intuito de reverter esse quadro. Em primeiro plano, é pertinente ressaltar que, para a prevenção de doenças, a vacina é o método mais eficaz. No Rio de Janeiro do século XX, o crescimento desordenado da cidade veio acompanhado de diversas doenças, como febre amarela e varíola. As condições sanitárias as quais a população pobre era submetida contribuíram para o aumento de casos, controlados somente após uma intensa campanha de vacinação. É evidente, portanto, que a vacina é a responsável por findar epidemias, entretanto, é necessário manter e adequar o sistema de vacinação em virtude de possíveis mutações e consequente resistência dos agentes transmissores. É importante, constatar ainda, que o saneamento básico é um importante aliado como medida preventiva. O esgotamento sanitário e a gestão de resíduos são os principais meios para controlar a proliferação de vetores intermediários de patologias. Somado a isso, fatores ambientais - como o desmatamento - facilitam o contato de pessoas com transmissores de doenças, como a febre amarela, que tem seu ciclo iniciado em matas e florestas. Por fim, entende-se que, a volta de doenças ditas extirpadas está relacionada às questões ambientais e socioeconômicas. Com o objetivo de amenizar a problemática, é necessário que o Ministério da Saúde estabeleça um Plano Nacional de vacinação de amplo alcance. Nesse tocante, a mídia deve se aliar a ele e utilizar seus meios de comunicação para difundir tal meta. O Ministério do Meio Ambiente, por sua vez, deve intensificar a fiscalização e aplicar multas a quem desmata. A fim de promover condições salubres, o Governo Federal, em parcerias com as esferas Estaduais e Municipais, deve investir em construções de redes de esgoto e aterros sanitários. À população, cabe manter em dia a carteira de vacinação e combater ambientes propícios ao desenvolvimento de vetores. Só assim, as doenças estarão, de fato, eliminadas.