Ao decorrer da história mundial, as doenças foram importantes razões para a morte de populações, a exemplo da peste negra, que assolou a Europa na Idade Média. No Brasil atual, a recorrência de mazelas infecciosas volta a amedrontar a sociedade, situação inevitável, considerando a irresponsabilidade ambiental no país. Maximizando o problema, a ineficácia governamental se faz presente por meio do abandono da população. O meio ambiente, apesar de ser um dos principais cartões postais da nação, é constantemente afetado por ações humanas irresponsáveis. O desmatamento já destruiu praticamente toda a floresta tropical e segue em ritmo predatório na Amazônia, assim como nas capitais, onde o verde vai sendo substituído por edificações. Com isso, as doenças vão se alastrando, já que os vetores perdem seu habitat natural e, com grandes desequilíbrios ambientais (como a tragédia de Mariana), ocorre toda uma desestruturação da vida das espécies, que procuram novos locais para viver, muitas vezes perdendo seus predadores naturais e se tornando pragas. O Estado, ademais, trata a população da mesma maneira que o Jeca Tatu, personagem de Monteiro Lobado, ilustrava. Abandonado pelo governo, o homem vítima de ancilostomose, uma verminose nematódea, representava a população rural, vista a falta de saneamento básico e precariedade dos serviços de saúde. Essa situação também é similar à situação das grandes capitais, nas quais as favelas precisam lidar com a falta de esgotamento sanitário e com a marginalização nos atendimentos (hospitais superlotados e longas filas de espera para realização de exames). Outrossim, com a redução de verbas para a saúde, o governo abandonou as campanhas de vacinação, tornando a população suscetível a doenças. Em suma, a volta de doenças infecciosas, como a febre amarela, era um problema previsível, tendo se concretizado pela falta de união e responsabilidade social. Desta forma, para evitar situações análogas, é preciso que o Ministério da Saúde seja eficaz na questão, ampliando campanhas de vacinação e as tornando regulares, assim como melhorando a qualidade dos serviços públicos de saúde, investindo em mais hospitais públicos. Em conjunto, a população deve assumir a responsabilidade ambiental que lhes cabe, tendo como alternativa a criação de um aplicativo, no qual as pessoas possam denunciar focos de mosquitos diretamente para os agentes responsáveis pela eliminação. Para completar, o Governo Federal deve se fazer presente no combate a crimes ambientais, aplicando multas mais severas e investindo na recuperação de ambientes devastados.