Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: A volta de doenças erradicadas no Brasil

Redação enviada em 03/02/2017

Durante a Revolta da Vacina, em 1904, a maioria da população carioca fora oposta à obrigatoriedade da vacinação contra a varíola, imposta sem precedentes por órgãos governamentais, que visavam o controle da epidemia perante a chegada de estrangeiros. No entanto, com a Constituição de 1988, meios de erradicação de doenças epidêmicas obtiveram avanços tanto na prevenção quanto na conscientização necessária à população. Outrora, atualmente, a quebra de medidas na saúde, bem como a reemergência de doenças até então negligenciadas, mais resistentes, tem alarmado cada vez mais a opinião pública. Na teoria neodarwinista, a seleção dos micro-organismos, como vírus e bactérias, causadores de doenças, é dada de acordo com os mais aptos à sobrevivência. Assim, transmissores como mosquitos e afins, tornam-se cada vez mais resistentes às medidas de combate, como inseticidas e vacinações. Com a mutação em seus genes, aliados à alta variabilidade, o desafio da implantação de meios contínuos de erradicação é cada vez maior. Dessa forma, doenças reemergentes como a febre amarela, elefantíase e outras, trazem os riscos de epidemias nacionais altamente nocivas, o que causa, em paralelo, a necessidade imediata de modos mais eficazes de erradicação. No entanto, o problema está longe de ser resolvido. Fatores ambientais resultantes da exploração severa, como o desmatamento, de empresas em busca de matérias primas, têm trazido alto desequilíbrio ecológico, responsável por quebrar teias alimentares que naturalmente diminuem os vetores das doenças, como no caso do barbeiro, transmissor de Chagas. Assim, aliado à falta de saneamento básico, a volta de doenças negligenciadas à população miserável de regiões como o Norte e Nordeste, bem como ao fato de doenças cruzarem fronteiras, uma vez que não se pode ter certeza quanto a ocorrência de vacinação, tem tornado a agravante causa de preocupação nacional. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Para isso, o Ministério da Saúde deve implantar medidas de saneamento básico que atendam às populações mais remotas, bem como tornar possível a vacinação para elas, na busca de diminuir a reemergência dos focos de doenças. Outrora, ONGs, aliadas à Mídia, devem visar a disseminação de campanhas e propagandas sobre a prevenção de transmissores mais comuns, como os mosquitos. Ainda, o Legislativo deve tornar rígidas as leis que limitam o dano ambiental causado por empresas, a partir de multas, a fim de frear o desequilíbrio ecológico. De acordo com Auguste Comte, "não se conhece completamente uma ciência enquanto não se souber da sua história". Assim sendo, universidades devem propor pesquisas científicas acerca dos genes e mutações dos micro-organismos, focando em suas raízes, tornando possível, dessa forma, a efetiva erradicação de doenças reemergentes no Brasil.