Título da redação:

Pretexto das enfermidades

Proposta: A volta de doenças erradicadas no Brasil

Redação enviada em 07/02/2017

Nota-se, no contexto brasileiro, que a saúde brasileira enfrenta uma crise espantosa em razão do reaparecimento de doenças até então consideradas erradicadas, como a febre amarela e a dengue. Isso ocorre devido ao ambiente favorável para proliferação e à falta de campanhas sanitaristas de prevenção para evitar a reprodução dos mosquitos transmissores, tanto o Aedes aegypti, quanto vetores de outras moléstias. Vale ressaltar que foram registrados 586 casos suspeitos, de tais enfermidades, em janeiro de 2017, conforme relatou Ministério da Saúde (MS). No tocante ao ambiente favorável, o clima quente e úmido das cidades brasileiras, durante o verão, é o preferido entre os mosquitos transmissores e o processo de "favelização” das cidades contribui para o cenário, uma vez que os moradores não têm moradia digna, rede de esgoto, água encanada e armazenam água em tonéis e baldes, segundo Gúbio Soares, pesquisador da Universidade Federal da Bahia. A partir daí, os hospedeiros dos vírus têm maior facilidade de reprodução, na qual permite a propagação e contaminação de forma rápida. Desse modo, o número de casos de dengue no começo de 2016 foi de 73.872, de acordo com o IBGE. Nas palavras de Jacques Bossuet, a saúde depende mais das precauções que dos médicos. Partindo dessa premissa, a descontinuidade das políticas públicas de prevenção após a erradicação das patologias oportunizou o retorno dessas, haja vista ter sido a forma de extermínio no começo do século XX, consoante pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz. Sendo assim, a sociedade não conseguiu evitar o retorno das enfermidades por negligência da conscientização de como agir. Diante disso, os casos de febre amarela, somente em janeiro de 2017, foram 800, afirma MS. Em consequência disso, a saúde pública precária se agrava e os gastos públicos aumentam, visto que o Estado investirá 40 milhões de reais nas cinco cidades com o surto das epidemias, pronunciou Ministro da Saúde. Esse fator intensifica o déficit econômico do país, logo propicia o corte de despesas em outras áreas, como na educação, que é uma importante fonte para aliar o crescimento econômico ao social. Logo, é necessário disponibilizar vacinas para a população no afã de conter e coibir a expansão dessas epidemias, além de conscientizá-la, por meio de políticas públicas, como campanhas, para a relevância do combate à proliferação dos mosquitos transmissores. Dessa forma, estará próxima de alcançar a sexta meta do milênio da ONU (combate à dengue, febre amarela e outras doenças). Assim sendo, o direito à vida digna preconizado na Constituição Federal de 1988 fará sentido , pois, nas palavras de Mahatma Gandhi, a verdadeira felicidade é impossível sem a saúde.