O ser humano é um conjunto das relações sociais concretamente determinadas pela história. Não está somente interessado em interpretar o mundo, mas sim em transformá-lo. Entretanto, quando se discute sobre a volta de doenças erradicadas no Brasil, percebe-se que doenças já exterminadas como a febre amarela em 1904 por Osvaldo Cruz, voltam no século XXI. Nesse caso, cabe um debate mais amplo sobre as causas do reaparecimento dessas doenças que assolam a sociedade. Seria um bom começo melhorar o olhar lançado sobre o reaparecimento dessas patologias, percebendo que esse surto de doenças é devido a carência de medidas públicas, como saneamento básico, coleta de lixo adequada e a não eliminação de focos de reprodução do agente hospedeiro. Convém, é claro, observar que para que isso aconteça é necessário a colaboração da população. Outra razão fundamental para erradicar doenças como dengue, febre amarela, Chikungunya e zíca vírus é controlar a vacinação de imigrantes e o investimento em campanhas de prevenção. Essa conjunção de fatores evidencia que o problema está longe de ser solucionado, pois nota-se que mesmo com o avanço da tecnologia e da informação ainda persiste o problema. É preciso, porém, ir além e encarar essa questão como um problema de ordem ambiental e social em que o problema está diretamente ligado a desastres naturais, desmatamentos e falta de saneamento básico de populações mais pobres. Em vista disso, percebe-se que é preciso uma ação conjunta de toda a sociedade para o fim dessas patologias. Levando em consideração os fatos fundamentados ao longo do texto pode-se compreender que a mudança desse quadro exige intervenções pontuais: promover ações sociais que contemplam a intervenção da sociedade com o Ministério da Saúde, a fim de ter participação da população com a carteira de vacinação em dia, como também a colaboração do combate de focos do agente hospedeiro e limpeza das ruas, já o Ministério da Saúde estabelecer fóruns de discussão, campanhas sanitaristas de prevenção, vacinação obrigatória e criação de centros de pesquisas em universidades com o propósito de aniquilar essas doenças no Brasil. Com essas iniciativas, espera-se reverter esse quadro com uma ação conjunta de toda a população, como dizia nos Provérbios de Salomão: " Ninguém é responsável pelo nosso destino a não ser nós mesmos".