Atualmente, o Brasil tem vivenciado um cenário de reaparecimento de doenças já controladas em nosso território. Isto se deve a vários fatores, tais como: a multi-resistência de microrganismos aos antimicrobianos, visto a grande capacidade de se tornarem mutantes; o desmatamento, que interfere diretamente na cadeia ecológica; a rotatividade de pessoas dentro dos países; a falta de saneamento básico; as guerras, com consequente aumento do número de refugiados; vacinação, entre outros. É importante entender os motivos da recidiva de doenças como a febre amarela, erradicada desde 1942, porém, com casos confirmados em 2017. Tanto a febre amarela, quanto a dengue, foram controladas desde o início do século, com uma série de campanhas sanitaristas de prevenção e promoção da saúde. No entanto, o quadro que vivemos hoje é diferente. No Brasil, por exemplo, mesmo com a vacina disponibilizada contra a gripe, o número de casos ainda é expressivo. Diversas doenças já consideradas controladas no mundo, voltaram a se manifestar de modo mais intenso. Precisamos lembrar que vírus e bactérias existem a mais tempo e possuem uma capacidade de adaptação notável. O Ministério da Saúde, através do Sistema Único de Saúde (SUS), muito fez para que doenças infecciosas fossem controladas, mas ainda há muito o que fazer. Diante do assunto supracitado, é dever do Estado, juntamente com os Municípios e o Ministério da Saúde, criar protocolos de intervenção que visem a prevenção de doenças e a promoção da saúde, bem como desenvolver campanhas sanitaristas; palestras nas escolas e na comunidade, ampliando o acesso da população às ações e serviços de saúde; leis de responsabilidade sanitárias, além de pesquisas voltadas para a compreensão dos mecanismos de resistência dos microrganismos aos antimicrobianos, a fim de erradicar por completo doenças já conhecidas e trabalhar para a erradicação daquelas menos elucidadas.