Na música "O Tempo Não Para", o poeta e cantor Cazuza faz uma alusão de que a história se repete. Hodiernamente, analisando o reaparecimento de doenças consideradas erradicadas no passado, é possível fazer uma analogia à ideia do cantor, visto que, décadas atrás, o Brasil enfrentava a Revolta da Vacina, a qual dificultava a eliminação da Febre Amarela. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados como a baixa procura por vacinas e a entrada de imigrantes não imunizados. Em primeira análise, é possível perceber que a baixa procura por vacinas contribui para o retorno de doenças. Isso se deve ao fato de que, com a propagação de "Fake News", muitas pessoas acreditam que o Autismo tenha relação com as vacinas. Tal conjuntura é ainda intensificada pela disseminação de movimentos antivacinas, no qual vários pais acreditam que o próprio sistema imunológico consegue combater os agentes infecciosos. Comprova-se isso por meio dos dados do Ministério da Saúde, quando afirma que em 2017, entre crianças, apenas a BCG - que protege contra tuberculose e é aplicada na maternidade - atingia a meta de 90% de imunização. Dessa forma, a falta de conhecimento sobre a importância da vacina coloca em risco a vida de milhares de pessoas. Em segunda análise, vale ressaltar que a situação é corroborada com a entrada dos imigrantes não imunizados. Recentemente, conforme notícias veiculadas na mídia, casos de Sarampo foram introduzidos no Norte do país - Roraima e Amazonas - por uma combinação de não-imunizados brasileiros e infecções vindas dos venezuelanos. Desse modo, a falta de controle de vacinação com a chegada dos imigrantes disseminou a doença por todo o país. Em vista disto, é necessário políticas públicas que combatam a propagação da doença. Infere-se, portanto, que é imprescindível a erradicação de doenças epidemiológicas no Brasil para o completo bem-estar social. Para que isso ocorra, a Mídia deve alertar a sociedade sobre a importância da vacinação, por meio de campanhas, propagandas e novelas, com o objetivo de esclarecer dúvidas e boatos. Ademais, o Ministério da Saúde deve reforçar a prática da imunização nas fronteiras por intermédio dos agentes de saúde, a fim de prevenir a sociedade. Dessa maneira, haverá um maior progresso social e o Brasil não repetirá erros do passado,e, assim, a música do Cazuza poderá ser contestada no âmbito da saúde.