Malária, febre amarela, dengue. A maioria dos parasitas habitavam matas no interior ainda não colonizado do Brasil e se alimentavam do sangue de animais silvestres. Com a intensa procura pelo aumento territorial, o homem foi adentrando às matas, destruindo-as e construindo casas precárias nas quais os insetos, vetores da doença, fizeram seus ninhos. A fonte alimentar se alterou, passando a sugarem sangue humano, transmitindo a doença e iniciando um ciclo de contaminação. Após longos períodos de combate a esses males, vacinas foram criadas, formas de prevenção e o tratamento dos doentes foram intensificados. O reaparecimento dessas doenças se deve às mutações que esses organismos sofreram ao longo do tempo. De acordo com Darwin, o ambiente seleciona os indivíduos mais adaptados, aqueles portadores de características favoráveis à sobrevivência e à perpetuação. Isso se aplica ao uso indiscriminado de antibióticos, que após algum tempo perdem seu devido efeito, selecionando bactérias resistentes. Doenças que, no passado, eram tratadas com semanas de tratamento, hoje demandam meses, como por exemplo, a tuberculose. Além disso, é possível perceber que as próprias construções propiciam o reaparecimento de certos organismos, exemplo disso é a Usina de Itaipu, a qual, ao ser edificada, criou um lago artificial, fazendo parte do ciclo do agente etiológico da malária que deposita seus ovos em água parada, onde as larvas se desenvolvem originando indivíduos adultos. Portanto, as medidas de profilaxias são de grande importância para evitar que esses males voltem a assombrar as sociedades brasileiras. É fundamental que o Governo Federal diminua cada vez mais as regiões sem saneamento básico, direcionando fundos financeiros para as instalações necessárias. Além do mais, é indispensável a participação popular por meio da coleta de lixo e projetos de conscientização já que apenas o Ministério da Saúde não é capaz de solucionar esses problemas.