No século XVIII a varíola matava diversas pessoas e foi a partir de seu estudo que Edward Jenner inventou a vacina. O sucesso foi imediato, diversas doenças como febre amarela, sarampo e caxumba foram erradicadas, algumas até os dias atuais. Entretanto, infelizmente para nem todas as doenças existiam vacina e outros meios de prevenção deveriam ser considerados a fim de garantir o controle das mesmas, um exemplo foi a epidemia de cólera, resultado de um ineficaz saneamento básico na época. Contudo, em pleno século XXI, o Brasil está vendo reemergir doenças que estavam controladas há anos. Dentro dos fatores contribuintes está a revolta da vacina, a qual teve início quando uma revista científica de prestígio publicou uma matéria que alegava diversos efeitos colaterais deletérios associados à imunizações, tal fato repercutiu de forma que as famílias recusassem vacinar seus filhos. Assim, é possível observar concomitantemente uma falha do governo em não investir suficientemente na conscientização das famílias, favorecendo o crescimento da revolta. Além disso, existem outros fatores associados ao ressurgimento de doenças, algumas delas nem possuíam vacina, mas estavam parcialmente controladas como a dengue e a sífilis. Nesse sentido, a falta de investimentos em campanhas sanitaristas, o alto número de refugiados com fluxo desordenado de pessoas, o desequilíbrio ecológico, como a falta de saneamento básico e condições que favorecem colonização de vetores são apenas alguns dos fatores contribuintes para o surgimento das epidemias. Sendo assim, é evidente, portanto, a importância da realização de campanhas sanitaristas que informem a população a relevância da carteira de vacinação em dia, além do incentivo ao uso de preservativos a fim de evitar doenças sexualmente transmissíveis, como também informações a respeito do meio ambiente, de como manter a cidade limpa e eliminar vetores. Nesse sentido, a informação somada à fiscalização governamental diminuirá significamente a incidência de doenças infecciosas no Brasil através de ações como controle da cobertura populacional vacinada, da limpeza urbana além da presença de profissionais instruídos na área da saúde.