A errônea sensação de segurança faz do Brasil, mais uma vez, refém de doenças consideradas erradicadas previamente do território. Entre elas destacam-se a malária, cujo principal transmissor é a fêmea do mosquito Anopheles e a febre amarela, transmitida pelos mosquitos Aedes aegypit e Haemagogus. A questão do reaparecimento dessas moléstias está diretamente ligada à falta de conscientização da população, tendo em vista que grande parte das doenças aparecem quando expostas a condições propícias para seu desenvolvimento, além da insuficiência das medidas profiláticas dos programas governamentais criadas para inibir a propagação destes males e da falta de fiscalização da carteira de vacinas de imigrantes, principalmente em eventos de grande proporção, como os Jogos Olímpicos realizados no Rio de Janeiro em 2016, entre outros fatores. De acordo com a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues a cobertura das vacinas ainda é baixa, em partes, devido à dificuldade de proteger adolescentes, adultos e idosos, que até então mantém o pensamento de que vacinação é uma ação apenas da infância. De fato, a problemática dos distúrbios patológicos reemergentes não está restrita apenas a ineficiência do Estado, mas na ideia de que cabe a esse resolver tudo. É incontestável deste modo que o meio mais eficaz de combater o problema não está apenas em exigir que o governo concentre todos os esforços, mas sim que este assegure meios para que a população assuma o protagonismo nesta luta, de forma que, em conciliação, busquem um único objetivo: erradicar as doenças do território brasileiro. A curto prazo, a intervenção direta do Estado através de campanhas que promovam a conscientização da sociedade e a imunização contra essas moléstias é primordial, contudo, a longo prazo, só a união com a sociedade conseguirá conquistar frutos.